Nova perícia indica falsificação em cheques que são provas contra Olarte
Ex-prefeito é réu por corrupção e lavagem de dinheiro
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Ex-prefeito é réu por corrupção e lavagem de dinheiro
Laudo do Instituto de Criminalística de Mato Grosso do Sul indica vestígios de falsificação em cheques que estão sendo usados como prova contra o músico Ronan Edison Feitosa, réu por corrupção e lavagem de dinheiro no mesmo processo em que também figura como acusado o ex-prefeito de Campo Grande, Gilmar Antunes Olarte.
Gilmar Olarte foi afastado do cargo nesta semana, sob suspeita de envolvimento em um esquema de compra de votos que resultou, em março de 2013, na cassação de Alcides Bernal, agora de volta ao posto. A perícia foi realizada a pedido da defesa de Ronan, depois o resultado de uma outra, privada, que apontou falsificação em três cheques e assinatura enganosa em outros dois. Para o Instituto de Criminalística, de fato duas folhas de cheque são “inautênticas”. Em outras duas, as assinaturas não conferem.
A defesa diz que a falsificação foi feita para que a dívida do investigado com o suposto agiota que teria feito os empréstimos, Salem Vieira, aumentasse. Por isso, o pedido de perícia foi acatado. No incidente de falsidade, o ex-assessor não reconhece a autenticidade de seis folhas de cheque, que totalizam R$ 79 mil.
São quatro cheques em nome dele, sendo um de uma conta no HSBC e três do Bradesco, e outros dois de contas de terceiros no HSBC. Ronan afirma que não tem conta no Bradesco e diz não conhecer as pessoas que seriam donas de duas folhas de cheques, todas constando como de uma agência do HSBC em Curitiba (PR), supostamente endossadas por ele. O desembargador responsável pelo caso, Luiz Claudio Bonassini, ainda não se manifestou sobre o resultado da perícia.
Processo
Ronan Edson Feitosa de Lima é investigado pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado)por corrupção passiva. O processo foi aberto após denúncia de Paulo Sérgio Telles, que relatou um esquema de empréstimo de dinheiro por parte de Ronan, supostamente a pedido de Gilmar Olarte, na época que a Câmara caminhava para a cassação de Alcides Bernal (PP).
Segundo denúncia, algumas pessoas emprestaram, aproximadamente, R$ 900 mil, em cheques e dinheiro, com a promessa de que receberiam cargos e vantagens futuras na administração municipal de Campo Grande.
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