‘Não tem como ficar do lado dele’, diz vereador sobre Bernal

Carlão foi ao Gaeco, na manhã desta terça

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Carlão foi ao Gaeco, na manhã desta terça

O vereador Carlão (PSB) chegou ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), na manhã desta terça-feira (16), criticando o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP). “Não tenho nada contra, mas não tem como morrer de amores por ele”, comentou.

Carlão foi, segundo o próprio, prestar depoimento agendado pelo próprio advogado para esclarecer alguns pontos da investigação. Uma delas é o fato de ele ter entregado ao Gaeco, em atendimento a mandado de apreensão, um aparelho sem WhatsApp, ato visto como forma de atrapalhar as investigações – o parlamentar nega intenção neste sentido.

Sobre Bernal, Carlão critica, por exemplo, o fato de ele “inaugurar” operação tapa-buracos na cidade. “Onde já se viu isso? Já vi prefeito inaugurando creche pequena, que ainda assim atende a população, mas não tapa-buraco”, comentou, reclamando de falta de ação por parte do radialista.

Carlão citou denúncias, que conta ter recebido, sobre goteiras até em capelas de cemitérios públicos, “em cima dos caixões”. Conta que alertou o prefeito por várias vezes para renovar contrato de manutenção com a Taira Prestadora de Serviços.

“Não falo isso porque sou amigo do Taira, porque vou pescar com ele, mas sim porque o prefeito tem que se atentar para isso”. A empresa de Milton Akio Taira acabou contratada sem licitação, em julho, ou seja, ainda na gestão de Gilmar Olarte (PP), por R$ 193 mil mensais.

E reforçou os motivos de relação pouco amistosa entre o prefeito e a Câmara Municipal. “Não tem como ficar do lado do Bernal, ele diz que todo vereador não vale nada, coloca todo mundo no mesmo balão. Claro que a Câmara tem problema com ele, ele leva para o lado pessoal”, analisa Carlão.

Sobre a investigação do Gaeco, a Operação Coffee Break, referente a suspeitas de corrupção de vereadores para cassar Bernal, Carlão reitera não ter havido ilegalidade. Também rebateu alegações de que teria combinado voto em troca de cargos na Prefeitura: “isso não é verdade”.

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