‘Não julgarei um amigo’, diz novo relator de processo contra Cunha

Também diz que o trabalho será imparcial

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Também diz que o trabalho será imparcial

O escolhido na lista tríplice de onde sairá o novo relator do processo contra Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no Conselho de Ética, o deputado Marcos Rogério (PDT-RO) admite uma relação boa com o presidente da Câmara dos Deputados. Rogério entretanto, minimiza isso e diz que seu trabalho será imparcial, caso seja escolhido pelo presidente do conselho, deputado José Carlos Araújo (PSD-BA).

Evangélico, Rogério diz que a religião em comum com o presidente da Câmara também não é obstáculo para um eventual trabalho como relator. “Tenho respeito pelo presidente da Casa e consideração pelo que ele tem feito enquanto presidente da Casa, de positivo e críticas com relação a posições que também negativas enquanto presidente. Mas aqui não vou estar julgando um amigo, não vou estar julgando um irmão de fé. Minha atuação enquanto relator é avaliando fatos, condutas e não pessoas”, declarou.

O deputado afirma que nunca frequentou a casa de Cunha e que não faz parte do círculo mais íntimo do presidente da Câmara dos Deputados. “Não tenho relação de amizade mais profunda com o deputado [Cunha]. Não faço parte do raio mais próximo dele, mas tenho uma boa relação. Nunca frequentei a casa dele, não sei onde mora, mas tenho uma relação com ele como outro parlamentar tem e talvez um pouco mais em razão da fé cristã que professamos, mas isso não me impede de ter aqui uma postura imparcial.”

O presidente do Conselho de Ética já manifestou publicamente que leva muito em consideração aquilo que o “jurista” Rogério diz. Araújo inclusive colhe conselhos mais técnicos de Rogério em questões regimentais controversas.

Justamente nesse sentido, o iG quis saber se, uma vez manifestada sua posição favorável ao prosseguimento do processo, Rogério não acredita que pode ser posteriormente questionado como relator pela defesa de Cunha. “Se houvesse um questionamento quanto à parcialidade de alguém por antecipação de juízo valorativo em relação à preliminar, todos praticamente estariam impedidos de participar desse processo. Não vejo isso como impedimento”, opina o deputado.

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