Eduardo Cunha criticou PGR pelo arquivamento de indícios contra

Mesmo com a recomendação de arquivamento do procedimento resultante da , o senador sul-mato-grossense Delcídio do Amaral (PT) continua como alvo nos debates sobre a investigação do esquema de corrupção da Petrobras. A inclusão do nome do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na lista de políticos a serem investigados, fez o peemedebista voltar a disparar contra a ausência na relação do nome do senador petista.

Nesta quinta-feira (12), Cunha voltou a disparar contra Delcídio, durante sua fala na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Petrobras. Na segunda-feira (9) ele já havia atacado o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, por arquivar o procedimento contra o sul-mato-grossense.

Delcídio foi procurado pela equipe de reportagem do Jornal Midiamax para comentar o assunto. Em Brasília, onde cumpre agenda parlamentar, o senador afirmou, por meio de sua assessoria, que não vai responder às acusações de Eduardo Cunha. Para o petista a ‘resposta' foi dada pela PGR (Procuradoria-Geral da República) e pelo Supremo, ao deixar o sul-mato-grossense de fora da lista de investigados.

O parlamentar carioca, no entanto, nega que esteja acusando o pantaneiro. “Eu simplesmente mostrei a incoerência do procurador-geral da República, porque se ele tivesse adotado a mesma linha de investigação para todos, ele teria que ter aberto inquérito também contra o senador”, afirmou Cunha.

Delcídio foi citado pelo ex-diretor da estatal, Paulo Roberto Costa, um dos delatores do suposto esquema de corrupção na Petrobras. Janot considerou que a delação e as provas iniciais não comprometeram Delcídio e por isso o deixou fora da lista de políticos para os quais solicitou ao STF (Supremo Tribunal Federal) abertura de inquérito.

Eduardo Cunha quer que o Congresso Nacional promova mudanças na legislação para impedir que Rodrigo Janot seja reconduzido, pelo Palácio do Planalto, ao cargo de procurador-geral da República.