MS pede a Dilma intervenção do Exército em área de conflito no sul

Militares devem fazer Operação de Garantia da Lei e da Ordem na região

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Militares devem fazer Operação de Garantia da Lei e da Ordem na região

O Exército deve mandar, nas próximas horas, mais efetivo para área de conflito entre índios e fazendeiros em Antonio João, município 402 quilômetros ao sul de Campo Grande. Para tal, o governo de Mato Grosso do Sul encaminhará pedido formal à presidente da República, Dilma Rousseff (PT).

Reinaldo Azambuja (PSDB), governador do Estado, general Paulo Humberto César de Oliveira, comandante do CMO (Comando Militar do Oeste), e o delegado Ricardo Cubas Cesar, superintendente regional da Polícia Federal, reuniram-se na manhã desta segunda-feira (31) para discutir a situação.

Ficou decidido que, ainda pela manhã, o governo enviará a Brasília pedido para instalação de uma Operação de Garantia da Lei e da Ordem, que na prática significa atuação direta do Exército na região. Segundo Reinaldo, o encaminhamento já teve aval do Ministério da Justiça, mas depende do pedido formal à Presidência da República.

Efetivo do Exército também já foi deslocado para a região, mas para apoio à Força Nacional e à polícia local. Na prática a Operação de Garantia da Lei e da Ordem autoriza a ação direta dos militares.

“Não sabemos qual será a estrutura a ser levada, mas o objetivo é restabelecer a paz e o diálogo”, disse Reinaldo. “Todos nós temos um lado, que é o da legitimidade, não queremos heróis nem bandidos”, complementa.

Há consenso, por parte das autoridades, de que solução efetiva para a disputa por terras entre índios e fazendeiros depende da União. “Pactuamos um trabalho em conjunto e sabemos que muita coisa depende do governo federal, como a questão fundiária, uma área em discussão há 17 anos. Com o Exército, podemos avançar e também montar uma comissão, chamar a Funai (Fundação Nacional do Índio) e MPF (Ministério Público Federal), para alavancar algumas posições”, comenta Reinaldo.

Para o comandante do CMO, “o confronto não é bom para ninguém”, por isso o objetivo do Exército é no sentido de ampliar o diálogo para buscar uma solução, “que não está aqui, está em Brasília”. O general disse que aguarda a autorização da presidente para definir a estrutura que descerá a Antonio João.

Conteúdos relacionados

beto avelar reforma