Manifestante ‘histórico’ causa desconforto ao desejar doença a vereadores

Novo barraco aconteceu em audiência sobre orçamento

José Magalhães, manifestante que usou megafone no centro de Campo Grande por muito tempo para pedir que a população não reelegesse nenhum político, causou desconforto ao usar a tribuna na Câmara nesta sexta-feira (23) durante audiência pública sobre o orçamento.

Ele criticou os altos salários dos vereadores e finalizou seu discurso desejando que os parlamentares fossem acometidos por uma doença no ânus. “Vocês deveriam reduzir em 5% o duodécimo, diminuir os salários de R$ 15 mil, que é uma violência contra a população. Everiam reduzir a verba indenizatória, da qual fazem uso abusivo. Essa audiência é jogo de cena, mera formalidade. Vocês foram omissos quando aprovaram os contratos da gestão de Nelsinho Trad, que hoje colocam a população em risco”.

Romero retrucou. “O senhor é sempre bem-vindo, mesmo sendo mal educado”. Lázaro Bonifácio, da Associação de Mutuários do Aero Rancho, disse que os cidadãos pagam impostos, mas não têm retorno.

“Todos estamos, literalmente, no lixo. Tenho casa há 40 anos no Los Angeles, luto há nãos por uma praça esportiva no bairro e nunca recebi nenhuma resposta”, afirmou.

O músico Eduardo Miranda Martins, o ‘Dudu’, voltou a pedir pelo 1% do orçamento à cultura. “Cumpram este pedido que é feito há três anos, ao menos neste último ano de gestão de vocês”, solicitou. 

Na última quarta-feira (21), Antonio Alves, que estava na audiência pública sobre obras inacabadas de Campo Grande, usou o microfone para questionar o trabalho e a idoneidade dos vereadores e acabou expulso da reunião.

Após Benedito Carlos Rodrigues elogiar o trabalho do vereador Carlão (PSB), Antonio se revoltou e disse que os vereadores não resolveriam os problemas da cidade. “Vocês são a crise da sociedade e quem precisa resolver esses problemas somos nós. Não estou aqui para dar parabéns para vereador que é indiciado pelo Gaeco”, acusou.

Antonio disse ainda que ninguém pode esperar que “um ladrão investigue e puna outro ladrão”, referindo-se aos parlamentares.