Vereadores já protagonizaram várias confusões

Na última sessão da Câmara os vereadores protagonizaram dois barracos, com direito a dedo na cara e empurra-empurra. Porém, as confusões, que deveriam ser exceção, são constantes na Câmara, que vive entre tapas e beijos.

Na gestão de Alcides Bernal (PP) o vereador Alex do PT era o campeão de polêmicas, visto que era líder do prefeito. Já na gestão de Gilmar Olarte (PP) o posto ficou com Edil Albuquerque (PMDB), que herdou a liderança e os barracos. O vereador vive se desentendendo com a oposição, que critica o autoritarismo da liderança.

Na sessão de ontem o vereador deu início a um dos barracos. Tudo começou quando ele foi até a bancada da oposição questionar as críticas em relação ao Prodes. A vereadora Thais Helena (PT) não gostou dos questionamentos e gritos e também passou a gritar, dizendo que não aceitaria ordens. Mais tarde foi a vez de Paulo Pedra (PDT) brigar com Airton Saraiva (DEM), acusando-o de querer mandar na Câmara.

A confusão generalizada, com direito a empurra-empurra, fez o presidente Mario Cesar (PMDB) suspender a sessão. Pouco tempo depois lá estavam os vereadores de volta na sessão, mas como se nada tivesse acontecido.

Os vereadores Paulo Siufi (PMDB) e Alex do PT são exemplos desta briga e reconciliação. Os dois já protagonizaram várias discussões e abraços na mesma sessão. Uma das mais marcantes foi quando Alex se disse ofendido por ser chamado de suplente pelo colega.  Irritado, chamou Siufi de golpista e ouviu um “golpista é a mãe”. Mais calmos, eles pediram desculpas e retiraram a “troca de elogios” da ata.

Alex e Siufi  juntam-se aos vereadores Airton Saraiva, Carlão, Paulo Pedra, Chiquinho Telles (PSD) e Luiza Ribeiro (PPS), que são campeões em gritos e confusões. Participativos, os vereadores acabam em discussões mais calorosas, que atraem olhares na Casa.

Entre os barracos da Câmara, destaque para os protagonizados por Chiquinho e Pedra. Em certa ocasião o vereador do PSD disse que alguns candidatos de 2014 tinham mancha. Pedra não gostou e retrucou que vereadores tinham dono. Foi o suficiente para confusão, que quase terminou em vias de fato. Chiquinho também protagonizou várias discussões com Luiza Ribeiro. A briga acontecia quando o vereador acusava a colega de se aproveitar de cargos na gestão de Nelsinho Trad (PMDB), que hoje é criticado por ela.

O vereador Paulo Pedra também fez a presidência da Câmara suspender uma sessão. Irritado com a discussão sobre moção de congratulação, o vereador bateu boca com o presidente em exercício, Flávio César. Gritando muito, o vereador dizia que estava sendo desrespeitado pela presidência e discutiu até com assessor do vereador. A confusão só foi resolvida na sala de reuniões, após suspensão da sessão.

Pedra também se alfinetou com Delei Pinheiro durante uma sessão comunitária. O vereador do PSD ironizou a ideia do vereador de entrar com recurso para conquistar área da prefeitura. Pedra retrucou a altura, dizendo que alguns vereadores se utilizam de promessas de casa para ganhar eleição.

 Apesar das polêmicas e gritarias, os vereadores não têm levado a discussão para o pessoal, como já aconteceu com Alex e Elizeu Dionizio (SD). O vereador, que agora ocupa mandato de deputado federal, chegou a avisar o presidente da Câmara que abriria uma representação contra o petista, alegando que foi ofendido ao ser chamado de “pato novo”, mas depois desistiu.