Lama Asfáltica: Advogados correm contra o tempo para evitar prisões

Envolvidos na investigação estão soltos por força de habeas corpus

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Envolvidos na investigação estão soltos por força de habeas corpus

Preocupados em deixarem seus clientes longe da prisão, os advogados dos investigados pela Operação Lama Asfáltica, presos na semana passada e libertos por força de habeas corpus no último sábado (14), correm contra o tempo para marcar os respectivos depoimentos. No início da tarde desta segunda-feira (16), por exemplo, o advogado Hilário Carlos de Oliveira, foi ao MPE (Ministério Público Estadual) tentar adiantar o depoimento do ex-diretor-presidente da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimento) Wilson Cabral, mas acabou frustrado.

“O MPE não quis recebê-lo. Queremos saber se estão recorrendo para que ele possa dar depoimento. Ele quer ser ouvido já que tem que depor, vamos depor. Não é certo esse prende, solta, prende, solta”, disse admitindo em seguida que não acredita que conseguirá depor ainda hoje. “Talvez amanhã”, completou.

A pressa em ser depoente se deve porque as prisões temporárias (cinco dias) são decretadas para colar informações com os investigados. Como todos estão soltos com ajuda de habeas corpus a qualquer momento o benefício pode ser revogado por algum desembargador como ocorreu com o ex-secretário Estadual de Obras e ex-deputado federal, Edson Giroto (PR). Ele chegou a conseguir HC, mas teve que voltar à prisão por decisão do desembargador Dorival Moreira dos Santos da 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça.

Além de Giroto foram encarcerados o empresário João Amorim, proprietário da Proteco Construções, bem como Maria Wilma Casanova Rosa, Rômulo Tadeu Menossi, Wilson Roberto Mariano de Oliveira. A secretária de Amorim, Elza Cristina Araújo dos Santos estava em prisão domiciliar por estar em gravidez de risco.

O advogado do engenheiro Maxwell Thomé Gomez, Douglas Spitvendergn conseguiu marcar depoimento do cliente para tarde desta terça-feira (17). “Ele é inocente, não fiscalizou essas obras e vai prestar informações sem coação ou pressão”, disse.

O primeiro pedido de temporária foi feito devido a força-tarefa coordenada pelos promotores de Justiça Thalys Franklyn de Souza e Tiago Di Giulio Freire. O MPE/MS (Ministério Publico Estadual) instaurou investigação para apurar prejuízo de quase R$ 3 milhões aos cofres públicos devido a obra pagas e não executada em rodovias estaduais.

Antes que a temporária acabasse, na noite da última sexta-feira (13) o juiz Carlos Alberto Garcete decretou mais cinco dias, desta vez envolvendo investigação relativa à licitação que ensejou o contrato pelo qual a Proteco tinha a obrigação de recuperação da estrutura da faixa de rolamento da rodovia MS-171. No entanto, um dia depois, todos conseguiram HC.

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