Indigenismo: deputado de MS ‘quebra o pau’ com colega ruralista em Brasília

Ex-governador quer ‘CPI do Genocídio Indígena’

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Ex-governador quer ‘CPI do Genocídio Indígena’

O conflito indígena que ocorre no Estado passou a fronteira da Assembleia Legislativa e gerou discussão na Câmara Federal entre os deputados sul-mato-grossenses Tereza Cristina (PSB), que compõe bancada ruralista, e o ex-governador Zeca do PT. Isso porque o petista foi à tribuna da Comissão de Agricultura, na tarde desta quarta-feira (23), sugerir a criação da ‘CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Genocídio Indígena’.

A proposta seria espécie de resposta ao pedido de CPI do CIMI aprovada na Assembleia Legislativa e tem como propositora da deputada estadual Mara Caseiro (PTdoB). Antes da aprovação a bancada do PT se colocou contra a investigação e chegou a protocolar dois requerimentos questionando o objeto da apuração. Mas, por fim, acabou cedendo e, inclusive, indicou Pedro Kemp como integrante.

Em Brasília o assunto também gerou polêmica. “Na semana passada mais uma liderança indígena foi baleada, agora no município de Iguatemi. Eu me reuni com nossos deputados e propus, que eles apresentassem a criação da CPI do Genocídio praticado pela pistolagem. Porque estão contratando pistoleiros a rodo para atacar aqueles, que legitimamente lutam por sua terras tradicionais, os indígenas”, afirmou Zeca.

Em resposta, Tereza Cristina insinuou que o petista estaria querendo colocar mais” lenha na fogueira” dos conflitos entre indígenas e produtores rurais. “A Assembleia tem legítima competência para discutir e encaminhar o que investigar. O Cimi não está se negando a ser investigado, se é para investigá-lo, então também que se investigue a contratação de pistoleiros, que estão barbarizando a vida daqueles que lutam pelas suas terras legítimas”, rebateu o parlamentar.

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