Estado pagará R$ 17 mil por aluguel, mas espera economia

O governo do Estado realizou nesta semana um pregão para a locação de 480 viaturas para a Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, em contrato que pode chegar a R$ 4,7 milhões. Porém, nos três primeiros meses a passará por um teste para que o governo saiba se vai render os efeitos esperados.

O secretário de Administração, Carlos Alberto de Assis, explica que o governo tem como meta a economia e, por isso, testará a terceirização por 90 dias, dando continuidade ou não ao contrato.

“Os veículos devem rodar a partir de agosto para o Choque. Nestes 90 dias vamos ter a noção se vale a pena ou não. Alguns Estados, como São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco já aderiram à terceirização para economia, porque não tem gasto com manutenção e os veículos rodam 24 horas por dia”, detalhou.

Segundo Assis, além da economia com manutenção, a terceirização garante um atendimento mais amplo à população, visto que é comum encontrar viaturas paradas em oficina. O secretário lembra que Reinaldo Azambuja (PSDB) assumiu o governo com 250 veículos parados por conta de manutenção, o que não acontecerá com a terceirização.

Cada veículo custará, no máximo, R$ 17 mil. Caberá às empresas que venceram a licitação fornecer veículos com seguro, equipamentos de segurança, rastreadores e adesivos, além de garantir assistência 24 horas por dia.

Segundo edital, o descumprimento das exigências sujeita a empresa à multa de 10% do valor do contrato, cancelamento do preço registrado e até impedimento de prestar serviço ao Poder Público por até cinco anos.

Dificuldade

Em maio o Jornal Midiamax divulgou que os militares do BPChoque (Batalhão da Polícia de Choque) esperaram por duas semanas pelo conserto das viaturas, quatro rodas, para voltar a trabalhar nas ruas de Campo Grande. No pátio da sede dos militares havia apenas as motos, duas viaturas descaracterizadas e uma que pertence à Roca (Rondas Ostensivas com Cães).

As viaturas, incluindo as novas, com menos de um ano que foram entregues para a Corporação, estavam ‘baixadas' – termo usado quando elas estão sem funcionamento – nas oficinas conveniadas com o governo de Mato Grosso do Sul. A denúncia foi enviada por um leitor a equipe do Jornal Midiamax por meio do WhatsApp.