Governador vai pedir prorrogação da permanência do Exército em Antonio João

Pedido será encaminhado à Presidência da República

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Pedido será encaminhado à Presidência da República

O governo do Estado vai pedir à presidência da República a extensão do prazo de permanência do Exército nas cidades de Antônio João, Aral Moreira, Bela Vista e Ponta Porã. Esta é a segunda prorrogação desde que o Executivo Estadual, depois de conflito entre índios e fazendeiros em setembro, que resultou na morte do indígena Semião Vilhalva.

De acordo com o governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), a extensão da permanência das Forças Armadas, na chamada Garantia da Lei e da Ordem, acontece em virtude da recente decisão judicial que suspendeu a reintegração de posse. “Voltou a criar uma clima de instabilidade”, disse o governador. O pedido de permanência do Exército deve ser encaminhado ainda nesta quarta.

Conflito

O conflito entre índios e produtores rurais chegou ao ponto máximo com a morte do indígena Semião Fernandes Vilhalva, de 24 anos, durante confronto com fazendeiroAs ocupações na terra indígena começaram na madrugada em 22 de agosto, quando um grupo entrou na Fazenda Primavera. Desde então, o clima de insegurança se instalou na cidade, com indígenas acusando produtores rurais de espalharem boatos, para causar pânico e ruralistas afirmando que os índios não têm o direito de ocupar as propriedades rurais.

Os indígenas ergueram acampamentos em cinco propriedades: Primavera, Pedro, Fronteira, Barra e Soberania. Restam apenas duas fazendas para serem retomadas.

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