Na próxima semana Azambuja se pronunciará oficialmente sobre a Operação Lama Asfáltica

O governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), prometeu fazer devassa nos contratos da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) para detectar empresas que possivelmente são alvo da Operação Lama Asfáltica, feita pela Polícia Federal em parceria com a CGU (Controladoria-Geral da União).

A investigação veio a público na semana passada, depois que a PF cumpriu 19 mandados de busca e apreensão, sendo um deles na casa do empreiteiro João Amorim, proprietário da Proteco Construção Ltda. A companhia é responsável pela polêmica obra do Aquário do Pantanal.

O tucano garantiu que teve acesso aos contratos que a PF apreendeu, bem como ao conteúdo da apuração, mas só emitirá posicionamento oficial do Executivo na semana que vem. Entretanto, adiantou que se ficar comprovado dano ao erário público, os responsáveis terão que arcar com as consequências, inclusive com ressarcimento. Ele ainda deixou subentendido que nenhuma das investigadas continuará recebendo pagamento até que a investigação termine.

“O governo tem que ser prudente e se houve desvio de recursos públicos e essas empresas que tem a receber que aguardem o final do julgamento”, disse reforçando que na próxima segunda ou terça-feira o raios-X feito pelo governo nos contratos será divulgado. “Esse ato será uma forma de o governo se manifestar sobre a investigação”, completou.

Azambuja voltou afirmar que somente agora está tendo acesso à apuração e defendeu mais aprofundamento na investigação, uma vez que o maior prejudicado é o Estado e o dinheiro público. “Vamos também franquear a Polícia Federal em qualquer documentação e acesso ao que ainda não tem. Para que haja apuração efetiva e ressarcimento do prejuízo aos cofres do Estado”, finalizou.

Lama Asfáltica – A operação visa obter detalhes de contratos referente a obras, principalmente de João Amorim com o governo do Estado e a Prefeitura de Campo Grande, firmados principalmente nas gestões dos peemedebistas André Puccinelli e Nelson Trad Filho. O empreiteiro é, inclusive, ex-cunhado de Nelsinho que concedeu os contratos justamente enquanto era casado com a deputada estadual Antonieta Amorim (PMDB).