Gaeco quer quebrar sigilo bancário de investigados na Coffee Break
Pedido deve ser feito à Justiça nos próximos dias
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Pedido deve ser feito à Justiça nos próximos dias
O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) pedirá a quebra dos sigilos bancário e fiscal dos investigados por suspeita de compra de votos de vereadores para cassar o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP). Além disso, vários depoimentos estão sendo tomados.
Somente até sexta-feira (4), sete devem falar sobre o caso ao Gaeco. Sem revelar nomes, o promotor Marcos Alex Vera disse que nesta quarta serão ouvidos dois vereadores e um deputado estadual, mais um vereador na quinta e os demais na sexta – ele explica ainda que todos os citados em escutas telefônicas serão chamados a dar esclarecimentos, sejam investigados ou na condição de testemunha.
Nesta quarta-feira (2) à tarde, irão depor o vereador Ayrton Araújo (PT), que votou contra a cassação de Bernal, além do deputado estadual Cabo Almi (PT). O vereador Vanderlei Cabeludo (PMDB) disse que vai na quinta (3) ao Gaeco, enquanto o agora secretário municipal de Governo, Paulo Pedra (PDT), outro voto vencido em relação ao pepista, também deve comparecer.
Segundo o coordenador do Gaeco, promotor Marcos Alex Vera, o pedido das quebras de sigilo devem ser feitos à Justiça nos próximos dias. Os celulares apreendidos durante a Operação Coffee Break, que apura o suposto esquema de compra de votos de vereadores para cassar Bernal, foram enviados na manhã desta quarta ao Instituto de Criminalística.
Um dos últimos a prestar depoimento deverá ser Gilmar Olarte (PP), vice de Bernal e afastado da Prefeitura no dia 25 de agosto. A data para ele falar ainda não foi marcada, segundo o promotor.
Até o momento, ainda conforme Vera, há fortes indícios de tráfico de influência no caso. Isto porque políticos estariam “advogando, usando o cargo em interesse de empresas privadas”.
Pelo que se sabe, além de Olarte, são investigados na Coffee Break o presidente afastado da Câmara Municipal, Mario Cesar (PMDB), além dos vereadores Paulo Siufi (PMDB), Edil Albuquerque (PMDB), Airton Saraiva (DEM), Chocolate (PP), Gilmar da Cruz (PRB), Carlão (PSB), Edson Shimabukuro (PTB) e Jamal Salem (PMDB) – Flávio César (PTdoB), Eduardo Romero (PTdoB), Otávio Trad (PTdoB) tiveram os celulares apreendidos, junto com os demais –, o ex-vereador Alceu Bueno, e os empresários João Amorim, João Baird e Fábio Portela.
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