Gaeco ouve Jamal na segunda sobre denúncia de compra de voto por Bernal
Vereador afirma que ele ofereceu até R$ 1 milhão por votos
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Vereador afirma que ele ofereceu até R$ 1 milhão por votos
Depois de acusar o prefeito Alcides Bernal (PP) de compra de votos para se manter no cargo, em 2014, quando o pepista acabou sendo cassado, o ex-secretário de saúde de Gilmar Olarte, o vereador Jamal Salem (PR), foi convocado pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) para depor nesta segunda-feira (26) e esclarecer as afirmações. Ele disse ao Jornal Midiamax que ainda não recebeu a convocação, mas que está à disposição do Gaeco e tem o que falar: segundo ele, além de cargos, Bernal ofereceu entre R$500 mil e R$ 1 milhão para conseguir votos favoráveis a sua permanência na Prefeitura.
O vereador, um dos suspeitos de participar de um esquema de compra de votos para cassar Bernal, diz que as informações que tem são “ouvir falar”, mas que irá repassá-las ao Gaeco. Para ele, a investigação deve ser ampliada, inclusive com a apreensão do celular de Bernal e de vereadores que votaram a favor dele na comissão processante que terminou em cassação.
“Eu respeito a justiça e apenas quero colaborar, porque entendo que há muito mais a esclarecer sobre esse fato”.
Jamal solicitou ao presidente da comissão de ética da Câmara, João Rocha (PSDB), que seja encaminhado expediente ao Grupo solicitandoa apreensão e análise dos celulares dos seis vereadores que votaram contra a cassação: Luiza Ribeiro (PPS), Marcos Alex (PT), Paulo Pedra (PDT), Zeca do PT, Ayrton Araújo (PT) e Cazuza (PP).
Na última terça-feira (20), Jamal disse que Bernal teria montado uma conspiração para afastar os 17 vereadores, chamar os suplentes e reconduzir à Câmara o hoje secretário de Governo e Relações Institucionais da Prefeitura, o vereador licenciado Paulo Pedra. A ideia, segundo o argumento de Jamal, seria colocar Pedra como presidente da Casa.
A afirmação tem como base o fato de Pedra inicialmente ter votado pela abertura da comissão processante, e depois ter mudado de opinião, sendo contra a cassação, após ter indicado o diretor-presidente da Emha (Agência Municipal de Habitação).
Segundo depoimento
Jamal já foi ouvido pelo Gaeco na investigação, chamada Operação Coffee Break, quando negou participação no suposto esquema para derrubar Bernal do cargo de prefeito. Ele disse que não falou sobre a suposta compra de votos por Bernal para se manter no cargo porque não foi perguntado. “Eu respondi apenas o que me perguntaram”.
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