Freio de Azambuja torna PMDB maior beneficiário de cargos no novo governo

Comissionados de Puccinelli ainda são maioria esmagadora no governo

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Comissionados de Puccinelli ainda são maioria esmagadora no governo

O governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), tem economizado na distribuição de cargos do Governo do Estado. Até o momento, foram poucos os partidos que receberam espaço, o que acaba fazendo, curiosamente, com que o PMDB seja o maior agraciado pela nova gestão.

Isso porque o partido liderado por André Puccinelli (PMDB) ainda mantém milhares de comissionados, que não deixaram o cargo, já que o ex-chefe exonerou apenas o primeiro escalão e alguns do segundo. Azambuja até começou as exonerações, mas os 200, aproximadamente, exonerados até o momento, são mínimos frente à quantidade que ainda mantém o cargo.

A vice-governadora, Rose Modesto (PSDB), explica que a ordem no momento é manter a continuidade da administração, sem prejuízo à população. Por isso, não há pressa na substituição de comissionados ou mesmo na indicação de alguns postos que ainda mantêm indicados por Puccinelli, como no caso do Procon.

Antes de o PSDB assumir o governo, o PMDB avisou Azambuja que não queria secretaria em troca de apoio. Porém, depois o presidente estadual da sigla, deputado Junior Mochi, acabou admitindo que entregaria uma lista de comissionados que seriam “essenciais” para a continuidade do governo.

Passados 20 dias da gestão, Azambuja demitiu poucos comissionados. Agora resta saber se por falta de tempo ou se a lista do PMDB era maior do que se imaginava. Por um motivo ou por outro, até o momento o PMDB é o maior beneficiado com cargos, já que foram poucos os partidos que receberam espaço na gestão.

Azambuja abriu espaço na gestão para o DEM, que indicou Rudel Trindade para a MS Gás e Hélio Mandetta para DGA-1, um dos maiores salários do governo; para o PSD, que emplacou Bosco Martins na Fertel; PRB, que tem Wilton Acosta na Funtrab e Pastor Isaias Bitencourt na Defesa Civil; e PDT, que conseguiu emplacar Gerson Claro no Detran.

O Solidariedade também se deu bem, indicando o presidente estadual, Alessandro Menezes, para cargo de alto salário. O partido também foi agraciado com a ida de Márcio Monteiro (PSDB) para a Secretaria de Fazenda. Isso garantirá Elizeu Dionízio (SD) como deputado federal.

O novo governador ainda não abriu espaço para partidos que estiveram com ele no segundo turno. O PTdoB, por exemplo, ainda não teve espaço na gestão, assim como o PEN, do deputado Lídio Lopes, e o PSB, que tem Barbosinha como representante. 

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Agência Brasil
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