FHC diz que possível corrupção na gestão dele foi ‘algo pessoal’ de Delcídio

“Dele nada se sabia”

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“Dele nada se sabia”

O ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, respondeu, via Facebook, a reportagens que indicam suposto suborno durante o governo dele, em 2001. Delação do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, indica que o senador Delcídio do Amaral (PT), então diretor da estatal, teria recebido R$ 10 milhões de uma multinacional em troca de preferência para compra de turbina, em momento onde o País passava por um apagão.

Delcídio do Amaral era filiado ao PSDB antes de migrar para o PT e já ocupava cargos de destaques na Petrobras no governo de FHC. Agora, com revelação deste possível desvio, o ex-presidente tratou de se pronunciar via Facebook, dizendo que a questão era pessoal do senador.

“Se houve algo, durante o meu governo, foi conduta imprópria do Delcidio, não corrupção organizada, como agora. Dele nada se sabia, tanto que em 2001 foi aceito pelo PT, e se elegeu Senador, depois foi candidato a Governador do Mato Grosso do Sul. Derrotado pelo PSDB, virou líder da Dilma, sem que suspeitas fossem levantadas. Espero que as investigações se aprofundem e que se comprovado o fato, todos sejam punidos”, declarou.

Em delação premiada o ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, teria dito que Delcídio recebeu US$ 10 milhões da multinacional Alstom  no governo de Fernando Henrique Cardoso, entre 1999 e 2001.

Segundo Cerveró, os 10 milhões de dólares foram recebidos de suborno da multinacional. Na época Delcídio era diretor de Óleo e Gás da Petrobras  e Cerveró um dos chefes dele. O suborno teria ocorrido para compra, às pressas, de uma turbina para uma termoelétrica que seria construída no Rio de Janeiro, quando o governo de Fernando Henrique Cardoso passava por problemas com apagão.

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