Em busca de maioria na Câmara, secretário diz que Bernal perdoa vereadores
Até mesmo os favoráveis à cassação estão desculpados
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Até mesmo os favoráveis à cassação estão desculpados
Para não repetir a novela que o tirou do comando da cidade, o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), decidiu passar uma borracha no passado e perdoar os vereadores que foram favoráveis a sua cassação. Tanto que a meta é tê-los na base aliada o mais rápido possível. Pelo menos é o que garante o secretário de Governo e Relações Institucionais, Paulo Pedra.
Segundo ele, a intenção é conquistar pelo menos 20 dos 28 legisladores que compõem a Casa de Leis atualmente. Até mesmo a bancada mais ferrenha durante o processo de cassação, a do PMDB, é cobiçada pelo Executivo. “A Carla (Stephanini) é muito importante pelo trabalho que ela faz, o (Paulo) Siufi também. A bancada inteira”, disse Pedra.
Vale lembrar que o PMDB cumpriu papel determinante nos trâmites que cassaram o radialista. Siufi presidiu a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Calote, em 2013, que culminou na Comissão Processante, conduzida por Edil Albuquerque (PMDB). O relatório da investigação pediu apontou improbidade administrativa e serviu de base para a votação que o tirou da Administração.
Mesmo assim Bernal está disposto a passar por cima de tudo que aconteceu. “Os problemas do passado vamos esquecer”. Pedra já iniciou diálogo com os ex-colegas de parlamento e alguns sinalizaram ao menos “boa convivência” com o prefeito. É o caso de Magali Picarelli (PMDB), Vanderlei Cabeludo (PMDB) e Francisco Saci (PRTB).
Os próximos alvos serão Gilmar da Cruz (PRB), Edson Shimabukuro (PTB) e Waldecy Chocolate (PP) que era fiel escudeiro de Bernal durante a campanha de 2012, mas após desentendimento deixou a base e votou pela cassação do companheiro de partido. O argumento para atraí-los será a crise que assola o Município.
“A Câmara sofreu um grande desgaste com tudo que aconteceu neste mandato. É uma crise política e não existe Prefeitura forte sem Câmara forte, um depende do outro. Então é hora de recuperar deste desgaste, recuperar a credibilidade”, argumentou.
Aliados
Quanto à bancada do PT a conversação para que o partido assuma as pastas de Obras e Assistência Social continua, porém sem nada definido. “Os vereadores do PT foram estratégicos, esperaram o Bernal voltar, então precisamos fechar logo com eles. Mas trata-se de um partido diferente, tem que conversar com a direção”, explicou. Ele diz acreditar que Marcos Alex (PT), líder na primeira fase do prefeito, vá voltar à função. “Ele tem essa experiência”, finalizou.
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