Dirigentes admitem consequências eleitorais após escândalos políticos

Lama Asfáltica e Lava Jato estão entre as polêmicas

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Lama Asfáltica e Lava Jato estão entre as polêmicas

Operação Lama Asfáltica, Lava Jato, Adna, recomendações do MPE (Ministério Público Estadual), MPF (Ministério Público Federal), reforma política, ex-políticos envolvidos em escândalo sexual com adolescentes, investigação para saber se houve irregularidade na cassação do ex-prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP). O segundo semestre de 2015 está só no começo, mas inúmeras polêmicas permeiam o cenário em pleno ano pré-eleitoral. Para os presidentes das maiores siglas sul-mato-grossense, todos esses fatos devem respingar no próximo pleito e, por isso, 2016 ainda é um território desconhecido.

Dirigente regional do PT, prefeito de Corumbá e praticamente pré-candidato à reeleição, Paulo Duarte, alega que o ditado ‘a política é como nuvem’ nunca esteve tão evidente como agora e as mudanças que ocorrerão por conta da crise política serão permanentes. “É um ano completamente atípico. Houve um processo natural de mudança que em 2016 vai estar só começando nas eleições”, avaliou.

A opinião não se restringe somente à cautela que o eleitor terá na hora de votar. O petista acredita que, além de ser impossível prever quem serão os candidatos e vencedores da disputa, as campanhas terão outro tom. “Nada de superproduções, vai ficar tudo mais humilde como era muito antes. E quem fizer qualquer prognóstico, que tentar fazer qualquer previsão, vai quebrar a cara. O cenário de 2016 está aberto em função de tanta coisa acontecendo”, avaliou.

O PT foi um dos que caíram na tentação de arriscar prever resultado na eleição de 2014. Com o senador Delcídio do Amaral na disputa pela sucessão estadual, a cúpula estava confiante na vitória. Mas, após uma das campanhas mais caras do Brasil com gasto superior a R$ 8 milhões, o petista acabou indo para o segundo turno com o então deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB). Por fim, acabou amargando derrota para o tucano.

No PMDB a estratégia de ‘pé no freio’ também impera. Conforme o presidente regional do partido, deputado estadual Junior Mochi, é impossível medir o estrago que a Lama Asfáltica e outras investigações vão acarretar ao próximo pleito. Mais contido, o peemedebista admite ter consciência de todas as consequências virão. “Claro que de uma forma ou outra tudo isso interfere no processo político. Não temos condições de avaliar a repercussão agora, mas certamente (no futuro) vamos avaliar tudo isso”, afirmou.

O PMDB também coleciona derrotas desde 2012, quando o então deputado federal Edson Giroto, tentou a Prefeitura de Campo Grande pela legenda. No início a cúpula estava confiante na vitória, mas a novela se repetiu. Ele foi para o segundo turno com o radialista Alcides Bernal (PP) e perdeu. Em 2014 não conseguiu, sequer, chegar à segunda fase do pleito. O ex-prefeito da Capital, Nelson Trad Filho, ficou em terceiro lugar na votação para o governo do Estado, atrás de Delcídio e Azambuja. Sendo assim, além de driblar a crise política, tanto PT quanto PMDB têm o desafio de se reinventarem nas urnas.

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