Derrotado nas urnas e na mira da PF, Giroto critica governo e prefeitura
No Facebook, ex-secretário diz que Capital vive ‘caos’ e governo é ‘moroso’
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No Facebook, ex-secretário diz que Capital vive ‘caos’ e governo é ‘moroso’
Em meio ao furacão causado pela Operação Lama Asfáltica, o ex-deputado federal e ex-secretário de Obras do Estado, Edson Giroto (PR), encontrou tempo para criticar a situação de Campo Grande e colocou em xeque a atuação do Governo do Estado. Ele, derrotado na corrida ao Paço Municipal em 2012, diz acreditar que, se ainda estivesse no poder público, a Capital “não estaria esse caos”, classificando ainda de inerte e moroso o atual governo do Estado.
No fim da manhã desta quinta-feira (30), por meio do Facebook, o ex-secretário afirmou, ainda, ter feito muito pelo Estado. “Pensativo hoje o quanto que trabalhei por nosso Mato Grosso do Sul e o quanto acordei às 04:00 hrs da manhã e dormia apenas 4 hrs por noite!”, escreveu.
“Mas não me arrependo de ter trabalhado tanto e vou continuar trabalhando! Se tivesse ainda no poder público, Campo Grande não estaria esse caos e MS sem nenhum trabalho prestado até hoje! Vamos aguardar se vão trabalhar como sempre trabalhei, está demorando!”, completou o texto postado na rede social.
Investigação
No último dia 9, a Polícia Federal cumpriu 19 mandados de busca e apreensão, sendo um deles na casa de Giroto. Como não havia ninguém na residência, a polícia chamou chaveiro para abrir a porta.
Na ocasião, Giroto classificou a ação como ‘desnecessária’ e ameaçou processar a PF e a Receita Federal. “A única coisa que levaram foi um computador da minha esposa. Vou ver com meu advogado como processar a Receita Federal e a Polícia por abuso de poder, porque estão falando da minha vida”, disse à época. No mesmo dia ele pediu afastamento do cargo de assessor especial do Ministério dos Transportes.
A Lama Asfáltica apura fraude em licitações feitas pela prefeitura de Campo Grande e o Governo do Estado com empresas de João Amorim. Giroto foi secretário de Obras do Estado na gestão de André Puccinelli (PMDB) na qual os contratos foram firmados.
Doações
Além disso, ele foi beneficiado com R$ 50 mil em doações da Proteco Construções Ltda, de João Amorim, na campanha eleitoral de 2010. Na época, o então peemedebista foi eleito deputado federal. Em 2012, quando foi derrotado nas urnas ao tentar a Prefeitura de Campo Grande, a empreiteira doou R$ 1,4 milhão ao Comitê Financeiro Único do PMDB, um dos financiadores da campanha do ex-parlamentar.
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