Marquinhos Trad defendeu que a CPI não gaste com téncnicos e foi contestado pelos deputados

Deputados membros da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Enersul/Energisa realizaram nesta quinta-feira (9) a primeira reunião e discordaram sobre a necessidade de contratar técnicos para realizar o apoio aos trabalhos.

De acordo com o deputado estadual Marquinhos Trad (PMDB), é possível que o TCE (Tribunal de Contas do Estado) e o TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) cedam técnicos para dar apoio aos trabalhos, sendo desnecessário gastar com as investigações.

A possibilidade consta no regimento interno da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, mas causou discórdia entre os membros.  A discussão começou quando o presidente da CPI, Paulo Correa (PR), pediu para que na próxima reunião todos levassem sugestões de nomes de pessoas que pudessem ser contratadas para dar apoio aos trabalhos.

Os deputados Onevam de Matos (PSDB), Pedro Kemp (PT) e Beto Pereira (PDT e relator) discordaram da falta de necessidade de contratar pessoas de fora e não gastar dinheiro nenhum com a CPI.

“Nada nos impede de requisitar funcionários de graça, mas também nada nos impede de contratar”, afirmou Onevan de Matos (PSDB). Beto Pereira (PDT e relator) disse que todas as outras CPIs contrataram pessoas e Pedro Kemp (PT) defendeu que a decisão de não contratar poderia ser precipitada.

Irritado, Paulo Correa disse que a discussão era inócua e que se fosse preciso levaria o caso a plenário. “Se fosse inócua, não teria trazido para a reunião”, respondeu Trad.

Gastos

A CPI da Saúde, formada em 2013 para investigar os investimentos dos recursos do SUS no tratamento do câncer e funcionamento de hospitais no Estado, declarou um gasto de R$ 214,9 mil, sendo que 61,74% do valor com consultoria.

Ao todo, a Assembleia teve nove CPIs, como a da Saúde, Construção Civil, Enersul, Desnutrição, Novoeste, Telefonia, Ecad, Leite e do Reverendo Moon. A da Enersul de 2007 teve um gasto declarado de R$ 11,2 mil e a do Reverendo Moon, R$ 20 mil.

Reuniões

As reuniões da CPI da Enersul/Energisa estão marcadas para todas as terças-feiras às 16h. Durante a primeira reunião, o nome da CPI foi mudado porque a Enersul é considerada uma empresa extinta e os deputados consideraram possíveis implicações jurídicas.

Beto Pereira pediu que os requerimentos fossem apresentados na terça-feira pela manhã para agilizar os trabalhos, mas a questão foi desconsiderada pelos demais. Ficou definido que Paulo Correa é o presidente, Onevan vice (com um voto contra, de Marquinhos Trad, que se candidatou ao cargo), Beto Pereira relator e Pedro Kemp e Trad como membros.