Depois de denúncias, deputada avalia abrir CPI para investigar o Cimi

Assinaturas devem ser colhidas após recesso

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Assinaturas devem ser colhidas após recesso

Deputados estaduais estudam abrir uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar denúncias a respeito do Cimi (Conselho Missionário Indigenista). Os motivos são denúncias apresentadas em audiência pública, realizada em 6 de julho, na Assembleia Legislativa.

Segundo a deputada Mara Caseiro (PTdoB), que quer propor a investigação, na reunião foram apresentadas denúncias, como incitações a invasões, por parte do Cimi, além de supostos desvios de recursos, que deveriam ser destinados às aldeias indígenas no Estado. A parlamentar quer também que a Câmara dos Deputados abra investigação semelhante para apurar a Funai (Fundação Nacional do Índio).

A parlamentar afirma que espera o retorno dos trabalhos legislativos – em 4 de agosto – para começar a colher as 13 assinaturas necessárias para a abertura deste tipo de investigação. Até agora, os deputados Zé Teixeira (DEM) e Antonieta Amorim (PMDB) apoiaram a instauração da CPI.

As denúncias teriam sido apresentadas na audiência do começo do mês. Na ocasião, os deputados discutiram as ocupações – na visão dos produtores rurais, trata-se de invasões – de fazendas no Estado.

Segundo a Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), o Estado tem 88 propriedades ocupadas por índios. Os produtores rurais pediram aos parlamentares, em reunião dia 29 de junho, a reunião, no sentido de tentar encontrar medidas para a solução do conflito.

O conflito no Estado, que perdura há anos, motivou o senador Waldemir Moka (PMDB) a pedir a convocação do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a prestar esclarecimentos sobre o impasse entre índios e ruralistas em Mato Grosso do Sul.

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