Reinaldo também diz achar possível uma retomada dos trabalhos

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) evitou polemizar a decisão do TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) que suspendeu a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Enersul/Energisa, porém afirmou que a determinação da Corte precisa ser respeitada e cumprida.

“É aquele ditado, decisão a gente cumpre e não questiona. Se a justiça entende que o Grupo Energisa não deveria estar no foco dessa discussão que veio do Grupo Rede, acho que temos que respeitar”, afirmou o tucano, durante agenda pública na governadoria.

Os deputados que comandam a CPI devem recorrer da decisão, para tentar retomar os trabalhos, suspensos nesta sexta-feira (8), depois que a Energisa questionou na justiça os trabalhos de investigações.

“Talvez se os deputados colocarem como fato da CPI a busca da questão do Grupo Rede, responsável pelo dossiê que foi levantado, acho que é possível retomar. Mas, é uma questão de interpretação da justiça”, ressaltou o governador.

Suspensão

O Tribunal de Justiça acatou um pedido feito pela Energisa, atual responsável pelo fornecimento de energia elétrica para Mato Grosso do Sul, que alegou que não tem relações com os fatos investigados.

A empresa argumenta ainda que as irregularidades apontadas no relatório encomendado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) aconteceram em um período anterior à sua chegada ao comando da Enersul, que se deu em abril de 2014. O documento aponta que os desvios na concessionária podem somar R$ 700 milhões.

Para o desembargador, ‘está mais do que evidente que não tem a impetrante qualquer relação com os fatos apontados no requerimento de abertura da CPI’, ou, ainda, qualquer condição de prestar esclarecimentos, que não aqueles que já contam no relatório submetido à Aneel, e que embasou boa parte das investigações até agora.