CPI vai investigar gratificações milionárias na Enersul, diz deputado

Ex-diretores chegaram a receber R$ 2 milhões

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Ex-diretores chegaram a receber R$ 2 milhões

A CPI da Enersul, a ser oficializada na sessão de quinta-feira (19) da Assembleia Legislativa, promete ir além da ‘folha confidencial’ de 35 supostos beneficiários de um esquema de desvio de recursos na empresa. Segundo informações preliminares, há gratificações milionárias – e mal explicadas – pagas a ex-diretores de 2010 para cá.

Os pagamentos foram identificados em auditoria encomendada pela Comissão de Valores Mobiliários à PWC (PricewaterhouseCoopers). Os valores das gratificações chegam a R$ 2 milhões, segundo disse, durante a sessão desta quarta-feira (18), o deputado estadual Marquinhos Trad (PMDB).

Ainda segundo o parlamentar, foi identificado na empresa, durante a auditoria, ausência em registro contábil dos passivos referentes a programas de universalização de energia elétrica, do governo federal, no montante de R$ 200 milhões. Ainda há suspeita sobre a ligação da concessionária, agora chamada Energisa, com empresas terceirizadas supostamente abertas por funcionários para canalizar repasses possivelmente fraudulentos.

Um dos maiores acionistas da Enersul, segundo Marquinhos, Jorge Queiroz de Moraes, é marido de Regina Beatriz Ruska Queiroz de Moraes, dona de pelo menos duas destas terceirizadas. O peemedebista ainda cita saques, no montante de R$ 185,8 milhões, feitos de contas da empresa por Jorge, a título de pagamento de empréstimos do Grupo Rede, que até o fim de 2013 era dono da concessionária.

O requerimento para abertura da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) foi apresentado à mesa diretora da Assembleia nesta quarta. A auditoria da PWC identificou desvios da ordem de R$ 700 milhões na Enersul, além de supostos 35 beneficiários de um esquema – os nomes não foram revelados.

A expectativa é que a abertura da CPI seja oficializada na quinta. Marquinhos disse, mais cedo, que a investigação irá revelar quem são os 35 da lista, chamada de ‘folha confidencial’.

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