Corregedor do MPE sugere comissão processante contra Mario Cesar

Vice-presidente ainda não foi notificado

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Vice-presidente ainda não foi notificado

O corregedor-geral do MPE (Ministério Público Estadual) , Mauri Valentim Ricioti, recomendou que o promotor de Justiça e supervisor das promotorias de Justiça Especializadas, Paulo Henrique Camargo Iunes, peça para um dos promotores do Patrimônio Público de Campo Grande recomendar ao vice-presidente, Flávio Cesar (PTdoB), a abertura de uma comissão processante contra o presidente da Câmara, Mario Cesar (PMDB).

O pedido tem como justificativas as escutas telefônicas da Operação Lama Asfáltica que, segundo o corregedor, demonstram envolvimento de Mario Cesar com João Amorin, visando a instalação de comissão processante para afastar Alcides Bernal (PP).

Segundo o corregedor, “há farta evidência de pagamento de propina  por parte do empreiteiro, que tinha  grande interesse em manter seus tentáculos sobre a administração municipal, com a assunção do vice-prefeito Gilmar Olarte, também flagrado em conversas com João Amorin” , diz trecho do pedido.

O corregedor diz que, confirmadas as evidências, a conduta do presidente caracteriza-se, no mínimo, ato incompatível com o decoro parlamentar. Mauri recomenda que o pedido seja encaminhado por Flávio Cesar, visto que Mario estará impedido. Segundo a assessoria de Flávio Cesar, a vice-presidência ainda não foi notificada. A mesma resposta foi dada pela assessoria do presidente, Mario Cesar.

Vereador nega

Mario Cesar falou sobre as escutas no retorno do recesso da Câmara e negou arranjo para cassar o ex-prefeito. “Não pode, por um fato isolado, tentarem estragar tudo o que aconteceu desde 2012, desde a eleição do Bernal… Hoje, está parecendo que uma ligação resultou na cassação. Não se pode perder toda a história”, declarou.

Durante a justificativa ele chegou a citar o próprio corregedor,  que cobrou uma posição da Câmara diante dos atos de Bernal. Ele disse ainda que se relaciona com várias pessoas e que Amorin não teve influência na cassação. “(João Amorim) não tem influência nenhuma no Legislativo, a cassação (de Bernal) não foi motivada por um grande empresário”, refutou o peemedebista.

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