Com voto contra e abstenção, João Rocha é eleito presidente da Câmara
Houve um voto contra e uma abstenção
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Houve um voto contra e uma abstenção
O vereador João Rocha (PSDB) é o novo presidente da Câmara Municipal de Campo Grande. Parlamentares já confirmavam as especulações em torno de seu nome, o que foi consolidado nesta sexta-feira (27), na Casa de Leis, que convocou uma sessão extraordinária para a votação do novo nome. Foram 27 votos favoráveis e apenas um contra. Só não votou o vereador Edson Shimabukuro (PTB), que participa de um evento fora da cidade, conforme justificativa apresentada.
A eleição foi necessária porque o vereador Mario Cesar (PMDB), que ocupava a presidência, renunciou ao cargo, “para dar mais isenção à Câmara”, que possui uma Comissão de Ética que o investiga, em decorrência da Operação Coffee Break.
Mario havia sido afastado e proibido de entrar na Câmara Municipal, desde 25 de agosto, quando a operação cumpriu uma série de mandatos. A ação resultou também no afastamento do então prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte.
Com o afastamento de Mario, o vereador Flávio César (PT do B), 1º vice-presidente, ocupava a presidência de forma interina. Durante a semana, os parlamentares falavam no nome de Flávio e de João Rocha, como possíveis candidatos a presidência da Casa, mas defendiam um consenso, afirmando que a Câmara “não tem condição de ter uma disputa, neste momento”.
No entanto, Flávio César pôs fim às especulações em torno de seu nome, afirmando, na quinta-feira (26), que não era candidato e continuaria no cargo na mesa diretora para o qual foi eleito, o de 1º vice-presidente. Na ocasião, ele declarou seu apoio a João Rocha.
Por sua vez, Rocha, que foi o primeiro líder na Câmara do vice-prefeito, afastado do cargo de prefeito, Gilmar Olarte, dizia que a Casa de Leis “não trabalhava por seu nome e sim por um nome que significasse consenso”.
Renúncia e retorno
Depois de quase três meses longe da Câmara Municipal, o vereador Mario Cesar conseguiu na Justiça a autorização para retomar seu mandato – ele foi afastado porque poderia atrapalhar as investigações da Coffee Break. O parlamentar apresentou um primeiro mandado de segurança, mas não teve sucesso, no entanto, nesta semana ingressou com novo pedido, desta vez, anexando sua carta de renúncia ao cargo de presidente da Casa de Leis.
Em seu retorno, que só pode acontecer na quinta-feira, pois a Câmara ainda não havia sido notificada sobre a decisão, Mario disse que volta ao trabalho para o qual foi eleito e anunciou que não tentará reeleição para vereador no ano que vem. Nesta manhã, o parlamentar chorou ao agradecer funcionários da Casa e ressaltar o motivo de sua renúncia, decisão a qual diz não se arrepender.
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