Com ‘medo de mão quebrada’, prefeito desiste de base na Câmara

Bernal só tem quatro dos 29 vereadores

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Bernal só tem quatro dos 29 vereadores

O prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), desistiu de compor uma base na Câmara. Quando reassumiu o comando na Prefeitura Bernal indicou Paulo Pedra (PDT) para a secretaria de Governo, com missão de chegar a 20 para a base, mas em pouco tempo Bernal não conquistou novos aliados e ainda perdeu quatro: Alex do PT, Thais Helena (PT), Ayrton do PT e José Chadid (PSDB).

O PT saiu por falta de espaço e Chadid, que já estava um pouco insatisfeito, saiu da base de vez quando voltou para o PSDB. Hoje Bernal tem como base a vereadora Luiza Ribeiro (PPS), Betinho (PRB), Cazuza (PP) e Eduardo Cury (PTdoB), que por ser suplente não pode ir para oposição.

Bernal e Pedra chegaram a chamar alguns vereadores para conversar, mas como falta pouco tempo para a próxima eleição, não teve grandes resultados, o que já lhe faz adotar um discurso bem menos otimista e com receio.

“Tem vereador que não adianta estender a mão, que vão quebrar ela toda. Outros, podem até estender, mas não sei o que acontece quando eu virar as costas. O que adianta insistir em fazer uma base? Mas, não tenho como deixar de trabalhar”, justificou.

Ciente da dificuldade, o prefeito aposta em uma relação mais técnica. “A Câmara existe para analisar e aprovar projetos de lei. Eu encaminho projetos do Executivo e eles têm 45 dias para analisar e votar. Se eu vetar algum projeto e acharem que não devem vetar, eles derrubam o veto”, ressaltou.

Atualmente o prefeito depende da Câmara para aprovação de uma suplementação de mais de R$ 40 milhões e de autorização para ocupar depósitos judiciais. Os projetos já tramitam na Câmara. Com maioria na Câmara, Bernal pode aprovar um projeto em regime de urgência. Porém, se vereadores não aceitarem, um projeto pode levar até 45 dias para sair da Câmara.

 

 

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