Coffee Break: vereador petista é o primeiro a chegar para depoimento

Até sexta, sete pessoas vão ser ouvidas

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Até sexta, sete pessoas vão ser ouvidas

O vereador de Campo Grande Ayrton Araújo (PT) foi o primeiro a chegar à sede do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), para prestar depoimento como parte das investigações sobre um esquema de compra de votos de vereadores para cassar o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP). O parlamentar teria sido citado por envolvidos no caso, conforme escutas telefônicas interceptadas pela polícia.

Logo que chegou, Ayrton disse aos jornalistas que estão no local que só falará após ser ouvido pelos promotores. Disse, ainda, que não sabe porque foi “convidado” a prestar os esclarecimentos, segundo reforçou.

O deputado estadual Cabo Almi (PT), considerado padrinho político do vereador petista vai ser ouvido nesta tarde. Ele disse ao Midiamax hoje que não sabia o motivo de ser chamado a depor. “Também estou curioso. Mas vou responder tudo, porque não devo nada”.

O coordenador do Gaeco, promotor Marcos Alex Vera, disse nesta manhã que Almi será ouvido na condição de testemunha. Todos os citados nas escutas telefônicas serão convocados nestas condições, segundo ele

Conforme consta nas investigações, no dia 11 de março de 2014, às vésperas da cassação de Bernal, o deputado foi citado em uma ligação entre o ex-diretor do IMTI (Instituto Municipal de Tecnologia da Informática) Fábio Portela e o empresário João Baird, outros dois envolvidos na investigação. Nessa conversa, a sugestão é que petista poderia interferir – supostamente mediante pagamento de propina – no voto de um dos vereadores do partido. Almi nega interferência na atuação do colega de partido. Saraiva votou contra a cassação.

Também está prevista para hoje a oitiva do vereador licenciado Paulo Pedra, que agora é secretário de Governo e Relações Institucionais da administração de Alcides Bernal. Ele também foi contrário ao processo de cassação.

Até a próxima sexta-feira (4), pelo menos sete pessoas devem ser ouvidas pelo Gaeco, ainda dentro da Operação Coffee Break, que apura se houve corrupção por parte de vereadores no ato de cassar o prefeito. A Operação já resultou no afastamento de Gilmar Olarte (PP) do cargo de prefeito, e de Mario Cesar (PMDB) da presidência da Câmara Municipal, na véspera do aniversário de Campo Grande. Ao todo, nove vereadores, um ex-vereador, dois empresários e um comissionado na administração Olarte também foram ouvidos pelo Gaeco no dia 25 de agosto. Além disso, 17 celulares dos envolvidos foram apreendidos.

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