Coffee Break: 90% do conteúdo de celulares é inútil, diz magistrado

Ele sugere que esse material seja destruído  

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Ele sugere que esse material seja destruído

 

Das 400 mil páginas geradas pela perícia nos celulares dos envolvidos na operação Coffee Break, 90% são conversas inúteis para a investigação sobre um suposto esquema de compra de votos para a cassação de Alcides Bernal do cargo de prefeito de Campo Grande, ocorrida em março de 2014. A informação consta do despacho do desembargador Luiz Claudio Bonassini em que ele determina a devolução do celular do vereador Otávio Trad (PTdoB) e a entrega à defesa dele de cópia na íntegra do que foi extraído do aparelho.

Bonassini argumenta que, de acordo com os autos e com informações do próprio MPE (Ministério Público Estadual), a maioria expressiva das conversas são de cunho pessoal, sem qualquer relação com os fatos investigados. Por esse motivo, o magistrado cita a lei federal sobre esse tipo de prova, para sugerir que o material que não serve de prova seja destruído, por meio de incineração.

Sobre isso, Bonassini dá prazo de cinco dias para que o MPE se manifeste a respeito.

No mesmo despacho, o desembargador avaliou pedido do Gaeco, responsável pela Coffee Break, para que os vereadores Carlos Augusto Borges (PSB), mais conhecido como Carlão, e Edson Shimabukuro (PTB), sejam afastados, por terem entregues telefones que são os seus de uso pessoal para a perícia. Os dois receberam prazo de cinco dias para se manifestar e só depois disso haverá a decisão.

 

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