Carona em jatinho foi ‘apoio’ para cumprir agenda no DF, admite Olarte

Na semana passada, prefeito e a esposa viajaram a bordo de avião de empresário

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Na semana passada, prefeito e a esposa viajaram a bordo de avião de empresário

Após mais de uma semana evitando tocar no assunto, o prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP), admitiu nesta sexta-feira (20) que contou com “apoio” do empresário João Baird para ir de jatinho a Brasília (DF) na semana passada. Segundo ele, não há “nada de errado” na viagem.

Esta é a primeira vez que Olarte se pronuncia oficialmente sobre a viagem, feita no dia 11 de março, e revelada pelo Jornal Midiamax dois dias depois. Em outras ocasiões, o prefeito literalmente correu de repórteres e limitou-se a dizer que ‘na hora certa’ responderia.

Em agenda pública nesta sexta, ao dizer que não existe “nada de errado” na viagem, comentou que a ida a Brasília foi para cumprir uma agenda de trabalho. “Aquele dia estive aqui na Embrapa e à tarde com a ministra (da Agricultura, Kátia Abreu) e nós pudemos cumprir agenda com apoio. Não fui à praia, não fui a passeio”, justificou-se.

Na semana passada, o prefeito e a esposa, Andreia Olarte, foram flagrados embarcando em um jatinho de João Baird com destino a Brasília. Ao líder do PMDB, vereador Edil Albuquerque (PMDB), Olarte admitiu ter viajado na aeronave, operada pela Itel Informática – empresa de Baird que é uma das maiores doadoras de campanhas políticas, além de manter contrato de mais de R$ 10 milhões com a Prefeitura de Campo Grande.

Na Câmara, alguns vereadores defenderam Olarte, ao dizerem que o prefeito “pegou carona” na aeronave, enquanto a oposição cogitou CPI do Jatinho. A bancada estadual, no entanto, condenou a carona no jatinho de empresário.

Além das discussões sobre a moralidade da conduta do prefeito, a ‘carona’ do pepista pode configurar eventual infração ao Estatuto do Servidor. Pelas normas, todo detentor de cargo público municipal está proibido de “receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão do cargo”.

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