Bernal não responde sobre compra de votos: ‘vereadores não têm moral’

“Não vou entrar nesta discussão”

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“Não vou entrar nesta discussão”

 

O prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), classificou como “jogo sujo” o pedido do vereador Edil Albuquerque (PMDB) para que os aparelhos celulares dele e dos vereadores que votaram contra a cassação sejam apreendidos. Indagados se esta apreensão preocuparia ou traria algum problema, o prefeito evitou responder.

“Não vou entrar nesta discussão e não vou cair no jogo sujo do Edil e do Jamal (PR). Não é questão de ter ou não problemas, mas o fato é que estão desvirtuando uma investigação. O Edil e o Jamal foram flagrados conversando, trocando votos por vantagens indevidas. Eles não têm autoridade moral para determinar o que o Gaeco ou o Judiciário devem fazer”, respondeu.

Na avaliação de Bernal, as atitudes de Jamal e Edil, de cobrar apreensão de celulares, são provas cabais de que estão interferindo nos trabalhos do Gaeco e tentando desmoralizar as autoridades.

“Esta atitude de tentar tirar o foco, colocando em discussão uma situação que não é tratada no inquérito, é prova de que estão afrontando a todos, inclusive a própria opinião pública. É uma tentativa muito clara de afronta ao processo. Isso também gera um clima de instabilidade política dentro do nosso Município. Querem jogar todos na mesma vala. Mas, estou muito tranquilo no sentido de que a Justiça vai ser feita”, concluiu.

O vereador Jamal pediu para a Comissão de Ética da Câmara solicitar a apreensão dos celulares, mas os vereadores disseram que ainda é cedo. Com a negativa da comissão, Edil pediu para seu advogado ingressar com o pedido ao Gaeco. Segundo Jamal, Bernal também teria oferecido vantagens para aqueles que votassem contra a cassação. 

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