Bernal acusa Puccinelli de usar deputado para tomar o PP no Estado

Proposta ‘é a indecência em todos os sentidos’, diz prefeito

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Proposta ‘é a indecência em todos os sentidos’, diz prefeito

O deputado federal Elizeu Dionízio (SD) quer assumir a presidência do PP (Partido Progessista) em Mato Grosso do Sul. A possibilidade irrita o prefeito de Campo Grande, o pepista Alcides Bernal, que acusa o ex-governador André Puccinelli (PMDB) estar por trás da manobra visando enfraquecê-lo.

“Não bastava ter dado o golpe contra a democracia, contra a Justiça, agora o Elizeu, com o Giroto (Edson, ex-deputado federal) e o Puccinelli, oferecem o deputado em troca da presidência do partido”, diz o prefeito, que participa de agenda no Centro de Convivência do Idoso, na manhã desta quinta-feira (24). Elizeu teria se reunido com membros da cúpula do PP para fazer a proposta de engordar a bancada em troca do comando regional.

Bernal, que esteve em Brasília (DF) na quarta (23), disse ter falado com lideranças nacionais do PP sobre a manobra. “Mostrei a realidade do Estado e eles ficaram assustados. Acreditavam que a proposta era a mais decente, mas na verdade é a indecência em todos os sentidos”, golpeia o prefeito.

Desde a cassação do seu mandato, em março de 2014, Bernal defende que o ato foi estratégia de Puccinelli, cujo candidato nas eleições de 2012, Edson Giroto, foi derrotado. Um golpe político executado pelo peemedebista, segundo o prefeito, que voltou ao cargo em agosto deste ano por decisão da Justiça – a suspeita de corrupção de vereadores no processo é investigada pela Operação Coffee Break, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).

O deputado federal Elizeu Dionizio foi procurado pela equipe de reportagem para comentar o assunto. Até o fechamento deste texto, ele não havia atendido ou retornado às ligações.

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