Peemedebistas batem boca no plenário

Difícil encontrar alguém que escape dos inúmeros barracos na Câmara de . É difícil assistir a uma sessão legislativa na qual não aconteça pelo menos um barraco. Os embates entre oposição e base são mais intensos, mas nem colegas de partido escapam dos arranca-rabos.

Na última sessão foi a vez do líder do prefeito, Edil Albuquerque (PMDB) e do presidente da Câmara, Mario Cesar (PMDB), bater boca no plenário. Edil não gostou de ver um projeto que não era esperado ser votado na Câmara e questionou a Mesa Diretora.

Mario avisou o colega de partido que o projeto já estava havia 45 dias na Câmara e que a função de líder do prefeito não era dele. Edil rebateu, dizendo que caberia à Mesa avisar e Mário disse ao colega que a parte que lhe cabia, de ser presidente, ele faria.

A discussão aconteceu no final da sessão e com direito a gritos dos peemedebistas. O barraco foi mais um entre os inúmeros que acontecem diariamente na Câmara. As confusões mais intensas acontecem entre oposição e base, mas ultimamente nem colegas de partido escapam.

Recentemente, Chiquinho Telles (PSD) e Delei Pinheiro (PSD) se estranharam por conta de distribuição de casas. Chiquinho reclamou das casas fechadas, enquanto muitos esperam por moradia e Delei, que indicou diretor da Empresa Municipal de Habitação, tratou de rebater o colega, dizendo que estava falando sem conhecimento de causa.

Os estranhamentos no PSD são comuns porque Chiquinho atua de maneira menos dependente. Diferentemente de Coringa (PSD)  e Delei, que têm cargos na gestão, Chiquinho não está amarrado ao prefeito e ganha antipatia dos colegas toda vez que critica o gestor.

Entre os peemedebistas o clima também não é dos melhores. Carla Stephanini (PMDB) não esconde a insatisfação ao ver colegas de partido defendendo Olarte. Desde que se declarou independente ela tem se manifestado mais no campo da oposição, inclusive aos colegas de partido. Ontem (9), pela primeira vez, peemedebistas votaram contra um requerimento de autoria da colega de partido, mostrando que na hora do “vamos ver, irmão está desconhecendo  irmão na Casa”.