Assessoria de Delcídio do Amaral nega pressão da família por acordo de delação

Senador está ‘abatido e aborrecido’

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Senador está ‘abatido e aborrecido’

O assessor do senador Delcídio do Amaral, Eduardo Marzagão, negou que a família dele esteja pressionando para uma delação premiada. Segundo assessor, estes boatos são plantados por gente que tem interesse em criar um fato ou notícia.

O assessor tem feito visitas constantes ao senador, a qual descreve como  abatido e aborrecido. A expectativa é de que o senador preste depoimento nesta terça-feira (1º) e o advogado já peça relaxamento da prisão.

Marzagão revela que o senador está chateado com a situação em si, mas também com a manifestação “estranha” de pessoas que o conhecem. “Está chateado com coisas ditas por quem o conhece e disse coisas não compatíveis com o conhecimento que têm dele”, justificou.

Visitas

O senador só recebeu visita da família até o momento. Marzagão relata que como a família não mora em Brasília, ele tem feito as visitas ao senador, que tem aproveitado o tempo para ler. “Ele tem um controle mental bem forte, o que não tira o abatimento”, contou.

Segundo assessor, o senador não recebeu visita e nem recados de solidariedade, mesmo com visitas liberadas.  Marzagão nega que Delcídio tenha interrompido o primeiro depoimento ao saber de críticas feita por Luiz Inácio Lula da Silva. Ele alega que o depoimento foi interrompido pelo cansaço do senador, que já falava há quatro horas e meia.

 Delcídio foi preso no dia 25 de novembro em uma operação da Polícia Federal. A prisão foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal com alegação de que ele tentava conturbar as investigações da Operação Lava Jato.

Delcídio havia sido citado pelo ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, por suposta participação  em esquema de desvio de recurso para compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.

Consta que o senador teria oferecido possibilidade de fuga a Cerveró em troca de ele não aderir ao acordo de colaboração com a Justiça, revelando as irregularidades da operação. A conversa foi gravada por um filho de Cerveró e entregue à polícia, que pediu prisão para não atrapalhar as investigações. 

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