Após fuga e constrangimentos, Olarte enfrenta artistas nesta segunda-feira

Artistas alegam descaso de Olarte com a Cultura em Campo Grande

O prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP), vai passar por um momento difícil nesta segunda-feira (9). No começo da tarde ele tem uma reunião com representantes da Cultura para tentar pôr fim à insatisfação da categoria com o que classifica como desrespeito da administração com o setor.

A reunião não deve ser nada fácil para o prefeito, que tem provocado a ira da categoria ao dar calote em cachês e não cumprir com promessa de investimento de R$ 4 milhões em projetos culturais para Campo Grande. A situação fica ainda pior porque, segundo a categoria, o prefeito foge das reuniões (em uma das oportunidades colocou até a esposa, Andréia Olarte, em seu lugar) e, quando aparece, faz promessas que não cumpre.

A categoria não aceita a justificativa de crise da Prefeitura porque critica, por exemplo, o total de cargo comissionado na gestão, que segundo eles já passa de 1.300. Eles entendem que se o prefeito diminuísse o número de comissionados, conseguiria, pelo menos, cumprir o que promete.

Na última reunião a Prefeitura prometeu pagar os cachês atrasados, mas não garantiu que investirá os R$ 4 milhões prometidos. A última proposta foi de R$ 1 milhão, o que não agradou. Eles explicam que se um espetáculo é R$ 40 mil, por exemplo, não tem como cortar o investimento em quatro para se adaptar ao que a Prefeitura está prometendo.

Revoltados, na última reunião alguns artistas perguntaram para vereadores e secretários se eles também têm o salário parcelado ou se a conta de água e luz deles espera o dia que a Prefeitura tiver dinheiro para pagar, mas ninguém se atreveu a responder.

Segundo a categoria, vários artistas estão passando por necessidade por causa do calote. Eles citam exemplo de artistas mais velhos como Delinha, Beth e Betinha e Zé Pretinho, que está passando dificuldade.

Na última entrevista, após longo tempo sumido, Olarte disse que não vai passar de R$ 1 milhão e chegou a dizer que a prioridade é a Saúde e a Educação. Mas, em reunião com peemedebistas, prometeu apresentar uma proposta melhor, apesar de alegar não poder prometer o que não conseguirá cumprir.