Após empurra-empurra, Câmara deixa processante para depois do recesso
Pedido dormirá mais de dois meses na Câmara
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Pedido dormirá mais de dois meses na Câmara
Após meses de enrolação, os vereadores conseguiram deixar a votação do pedido de abertura de comissão processante para o próximo semestre. Foram várias protelações, seja da base ou da oposição e o pedido só será votado na volta do recesso. A Câmara tem que fazer a convocação dos suplentes para votação 24 horas antes da sessão, o que não acontecerá, visto que amanhã será o último dia de sessão.
O último a contribuir para jogar a processante para escanteio foi o presidente da Comissão Processante, vereador Airton Saraiva (DEM), que não convocou a reunião necessária. Cabe a ele convocar uma reunião da CCJ para receber parecer do vereador Paulo Pedra (PDT), outro responsável pela protelação.
Pedra e a oposição pediram redução do quorum necessário para abertura de uma Comissão Processante na Câmara de Campo Grande, de 20 para 15 votos. A procuradoria jurídica negou, mas Pedra pediu para o caso ir para CCJ. Percebendo que a maioria dos vereadores não concordaria, Pedra pediu vistas e conseguiu protelar ainda mais o pedido, que também ficou adormecido 10 dias com Saraiva, antes de apresentar parecer.
A processante já tramita na Câmara há 56 dias, com protelações que partiram da oposição e da base de Gilmar Olarte (PP). Foram tantos capítulos que a processante já virou piada e poucos acreditam que ela decole na Câmara. O próprio Pedra acha difícil que consiga 20 votos para que ela emplaque.
Votos
Se for contar apenas os vereadores que têm cargos na Prefeitura, o prefeito já está bem perto de fechar esta fatura: Edil Albuquerque (PMDB), Paulo Siufi (PMDB), Airton Saraiva (DEM), Delei Pinheiro (PSD), Coringa (PSD) e João Rocha (PSDB). O grupo, de seis vereadores, soma-se a Dr. Loester (PMDB), que só está na Câmara graças a Olarte, que convocou Jamal para Secretaria de Saúde, e Magali Picarelli (PMDB), que sempre vota com o prefeito e vive promovendo eventos com Andréia Olarte.
Com oito votos, Olarte precisa contar com apenas dois dos vários outros que se consideram da base: Herculano Borges (SD), Edson Shimabukuro (PTB), Flávio Cesar (PTdoB), Otávio Trad (PTdoB), Carlão (PSB), Francisco Saci (PRTB), Vanderlei Cabeludo (PMDB), Betinho (PRB) e Gilmar da Cruz (PRB).
A oposição espera o voto de Paulo Pedra (PDT), Cazuza (PP), José Chadid (sem partido), Carla Stephanini (PMDB), Eduardo Romero (PTdoB), Ayrton do PT e dos três suplentes que também votarão: Aldo Donizete (PPS), Roberto Durães (PT) e Élbio Santos (PT). Nesta conta, Olarte tem oito e a oposição nove, mas com uma diferença gritante. O prefeito precisa de apenas mais 2 e a oposição de 11 dos 12 indefinidos.
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