Postagem de aliado do prefeito volta a causar polêmica em torno do pagamento de cachês a artistas 

Um ex-assessor do prefeito (PP), demitido depois de se envolver em polêmicas com a Câmara Municipal, voltou a provocar polêmica nesta quarta-feira (18) de cinzas, ao criticar o segmento cultura de Campo Grande e acusá-los de sujar a cidade durante o Carnaval.

O homem, que faz questão de acompanhar o prefeito em agendas públicas, mesmo sem função oficial na prefeitura, postou, em sua página no Facebook, fotos da sujeita deixada nos locais marcados pela folia de Carnaval.

“(…) Aí, vem o povo da Cultura, que vivem perturbando o prefeito de Campo Grande-MS, Gilmar Olarte … com pedidos de repasses para a Cultura… mas aí, olha o exemplo que esse povo nos deixa… eu se fosse o prefeito da Capital, debitava tudo no fundo de incentivo a Cultura… por onde passaram deixam isso… lixo, urina e muita caca nas esquinas… Olhem aí contribuinte onde vai o seu dinheiro… e agora, ninguém reclama? Ninguém mete o pau no Olarte?”, postou o aliado do prefeito.

O comentário gerou repercussão negativa. “Nem dá para discutir política de cultura que o prefeito Gilmar Olarte desenvolve. Um desprezo aos artistas, produtores, técnicos. Inadimplentes com o pagamento de cachês que já somam R$ 160 mil, contrata para vir em Campo Grande para o Carnaval, que ninguém vai, a Gil por um cachê de R$ 71 mil, fora a estrutura. Não paga o FMIC (Fundo Municipal de Incentivo à Cultura) e Fonteatro do exercício financeiro de 2014. Não aplica o percentual constitucional de 1% para a cultura”, disse a vereadora Luiza Ribeiro (PPS).

Integrantes do movimento cultura de Campo Grande acusam o prefeito de não pagar cachê de apresentações à pedido do município. “Servidores nos orientando com deboche a procurar a justiça se quisermos receber”, contou um artista campo-grandense.

Recentemente, um vídeo de Olarte cantando ao lado do violeiro Almir Sater, causou revolta de artistas da Capital, descontentes com a demonstração de apoio à cultura do prefeito, enquanto artistas sofrem com falta de pagamento do município.