Sigla almeja a Prefeitura de  ano que vem

O presidente regional do PMDB, deputado estadual Junior Mochi, alega ainda ser cedo para saber se a Operação Lama Asfáltica surtirá impacto negativo à cúpula na corrida pelo comando de Campo Grande ano que vem. Para ele, que também recebeu doações eleitorais oriundas da Proteco, ainda não ficou de fato comprovado se existe irregularidades e os culpados por possíveis crimes. 

“Não tem como avaliar eleitoralmente sem saber das reais consequências disso. Saber até onde tem o envolvimento (de correligionários). Isso é só mais para frente, mas estou tranquilo”, disse. O dirigente ressaltou, ainda, que a operação ocorre há algum tempo, mas só agora foi divulgada e vê com naturalidade apurações neste sentido. “Está sendo desenvolvida e investigada assim como tantas outras. Agora é que foi dada publicidade”, completou.

Mochi recebeu doação de R$ 50 mil da Proteco, empreiteira de João Amorim, um dos principais investigados pela Lama Asfáltica. O empreiteiro deteve maior parte dos contratos firmados com o Governo do Estado durante gestão de André Puccinelli (PMDB), bem como com a Prefeitura de Campo Grande sob a regência de Nelson Trad Filho (PMDB) è época casado com a atual deputada estadual, Antonieta Amorim (PMDB), irmã do empresário.

No pleito do ano passado a empreiteira continuou repassando verba ao PMDB. Desta vez o montante foi de R$ 386 mil à direção estadual e R$ 1,4 milhão à ex-primeira dama. Ainda em 2014, mais R$ 386 mil foram destinados à campanha de Nelsinho que tentou sucessão estadual, mas acabou amargando o terceiro lugar na disputa. 

Segundo fonte ligada à Seintrha (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação) garante que ao menos 14 contratos com a Proteco estão vigentes com a atual administração, sendo que juntos eles somam cerca de R$ 100 milhões.