Vereadores discutem decisão do Conselho de Saúde que vetou projeto de hospital no centro

A decisão do Conselho Municipal de Saúde, que vetou o projeto técnico do Centro Municipal Pediátrico, tomou parte do tempo da sessão na Câmara Municipal, desta quinta-feira (25). A vereadora Luiza Ribeiro (PPS) lembrou que o conselho resolveu vetar o projeto por discordar de algumas diretrizes. “Eles são a favor de um hospital, mas que […]

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A decisão do Conselho Municipal de Saúde, que vetou o projeto técnico do Centro Municipal Pediátrico, tomou parte do tempo da sessão na Câmara Municipal, desta quinta-feira (25). A vereadora Luiza Ribeiro (PPS) lembrou que o conselho resolveu vetar o projeto por discordar de algumas diretrizes. “Eles são a favor de um hospital, mas que seja respeitado o que preconiza o SUS e não da forma que está sendo feito”, disse.

João Rocha (PSDB), líder do prefeito na Casa de Leis, disse que o Centro Municipal Pediátrico é uma ‘alternativa para garantir o atendimento’. O vereador lembrou, ainda, que a falta de médicos pediátricos é um problema histórico e enfrentado em várias administrações e que isso explicaria a dificuldade em estruturar as unidades já existentes.

“Existe estudo que mostra que não sairia mais barato. Além disso, não tem como obrigar os médicos a irem para as unidades básicas”.

Sobre a reprovação, por parte do conselho, do projeto técnico do Centro Pediátrico, João Rocha disse que o documento está em sendo estudado com o prefeito e sua equipe jurídica. “Esperamos não judicializar a questão e resolver o mais rápido possível”.

De acordo com a conselheira Eliane Gordo, o projeto da unidade foi entregue, em um primeiro momento, em 30 de julho deste ano, e, após análise das comissões de plano, legislação e norma e de controle social, foram detectadas falhas. “Com relação a material, questão de salário e espaço, entre outras”, disse.

Em 1° de setembro, então, um novo projeto foi encaminhando e entregue durante reunião com o prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte. No entanto, a nova versão não contemplava o que foi solicitado pelo conselho. “Continuou a falta de informação e a mesma incoerência”.

Contrário a decisão do Conselho, Chiquinho Telles (PSD) afirmou que deve ser analisado o mérito e a necessidade de um centro pediátrico. “Preocupação maior com vidas e não analisar friamente. A população está feliz com a criação do hospital e espera por isso”.

O vereador Dr. Loester (PMDB) endossou o discurso dizendo que recebeu com preocupação a decisão do conselho, pois o hospital é uma necessidade antiga. “É obrigação do poder público atender, estou falando disso, não de recursos. O importante é que funcione”.

Em reunião na quarta-feira (24), os conselheiros reclamaram também do decreto que discorre sobre os salários dos médicos que vão atuar na unidade. Os servidores receberiam três vezes a mais do que os que estão lotados nos postos de saúde. “A desigualdade salarial é uma questão séria. Temos que aceitar e analisar as deliberações do conselho”, ponderou o vereador Otávio Trad (PT do B).

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