O vereador (PSD), presidente da Comissão de Cultura da Municipal de Campo Grande, promete reunir as alegorias necessárias para viabilizar a CPI da Folia. E descartou eventual cunho eleitoreiro no caso.

“Não sou candidato a nada, sou vereador, fui eleito para isso”, rechaçou Telles na manhã desta quarta-feira (4). O primeiro requerimento para a abertura da CPI saiu de cena pela falta de uma assinatura – o vereador chegou a receber o aval de 11 parlamentares, mas dois deles voltaram atrás.

Ele disse que vai atrás de mais elementos e, assim que os reunir, fará novo requerimento pela abertura de CPI. A ideia da comissão surgiu após relatório da nova gestão da Fundação Municipal de Cltura (Fundac) apontar indícios de irregularidades durante a gestão do ex-prefeito, Alcides Bernal, principalmente em contratos envolvendo o carnaval.

Telles acredita que também haja rastros de problemas envolvendo outras festividades municipais, como o aniversário de Campo Grande e o Arraial de Santo Antônio. Na visão do vereador, uma CPI na Câmara terá mais elementos para investigar do que o Ministério Público Estadual ou o Tribunal de Contas do Estado.

Estes dois órgãos também receberam o relatório da Fundac. Mais cedo, o presidente da Câmara, Mario Cesar (PMDB), comentou que este encaminhamento torna desnecessária a CPI, ainda mais em período eleitoral, revelando preocupação com eventual cunho eleitoreiro na investigação.

Já o presidente da Comissão de Cultura insiste na ideia e promete reunir meios para tal. Ele disse que os indícios, até agora, apontam somente para o período da gestão de Bernal, mas incluirá no seu pedido de CPI caso surjam indícios envolvendo outras administrações.