Seu Anatividade Gimenes, de 74 anos, cadeirante, está internado desde segunda-feira (24) no posto de saúde da Moreninha 3 com pneumonia e infecção intestinal. Desde então, seu filho Marcelo Soares, de 36 anos, gesseiro, tenta transferi-lo para um hospital. Além disso, Marcelo está tendo que comprar o medicamento, já que o posto de saúde não tem o remédio na farmácia.

“É um desaforo muito grande. Meu pai precisa urgentemente ir para um hospital e não acham vaga, os médicos dizem que não é culpa deles, que é com a central. Remédio não tem. Ou eu compro ou ele fica lá, jogado sem medicamento. Está complicado”, desabafou Marcelo.

O gesseiro revelou que as condições da Unidade Básica de Saúde (UBS) Dr. Judson Tadeu Ribas são precárias e que não há nem cadeira para seu pai. “Eu tenho a cadeira de dar banho no meu pai, mas ele está sem tomar banho porque não tem água quente nos chuveiros. Se soubesse dessas condições e que teria que pagar pelo remédio o internava em casa”.

Marcelo cobra pelo tratamento. “Ninguém está tomando uma atitude, as coisas têm que ser feitas enquanto ele está vivo, ele está piorando”, alerta. O gesseiro criticou a administração do prefeito . “Na hora de pedir voto eles aparecem. Aí deixa os pacientes jogados aqui. Queria ver se fosse alguém da família dele”.

A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Campo Grande por esclarecimentos e providências a serem tomadas, mas não obteve resposta.