A FGV (Fundação Getulio Vargas) desmentiu o governador André Puccinelli (PMDB) sobre o convite para realizar o concurso da Secretaria de Estado e Fazenda de Mato Grosso do Sul (Sefaz). O documento foi emitido no último dia 4 de junho para Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul.

Segundo o documento nº 1311/14, “acusamos o recebimento do ofício em referência (030/2014), no qual solicita esclarecimentos sobre suposto declínio da FGV para realização do Concurso da Secretaria de Estado e Fazenda de Mato Grosso do Sul. Em atendimento ao Ofício em referência, informamos que não encontramos em nossos registros a citada solicitação para realização do concurso”.

O documento foi assinado pelo diretor de Mercado da FGV, Sidnei Gonzales, no dia 4 de junho. O presidente da Casa de Leis, deputado estadual Jerson Domingos (PMDB), recebeu no último dia 10 de junho. O requerimento do deputado Amarildo Cruz (PT), no dia 22 de abril deste ano.

Em diversas ocasiões, Puccinelli fez referência sobre o convite a FGV. No dia 6 de março deste ano, na formatura de militares, o governador disse que aguardava resposta do instituto para o dia 11 do mesmo mês.

No dia 18 de março, durante a entrega dos prêmios para os alunos melhores colocados da de Ensino na escola estadual Lúcia Martins Coelho, o governador disse que convidou a FGV e outra fundação que ele não se recordava do nome para realizar a prova.

No dia 7 de abril, durante assinatura de decreto que prorrogou por 30 dias os incentivos fiscais para indústrias se instalarem no Estado, o secretário da Sefaz, Jader Rieffe Julianelli Afonso, afirmou que Fapec (Fundação de Apoio à Pesquisa, ao Ensino e à Cultura) e a FGV eram as duas únicas empresas interessadas em realizar o concurso.

Dois dias depois, Puccinelli anunciou, durante reunião com prefeitos no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, que a FGV havia declinado do convite para realizar o concurso da Sefaz para agentes e fiscais de renda deixando o caminho livre para a Fapec.

No dia 16 de abril, o governador revelou que a FGV queria cobrar R$ 1 milhão pela elaboração das provas. Em contrapartida, a Fapec cobrou R$ 360 mil. Cada taxa de inscrição custou R$ 145,92, aos 14.081 inscritos. Ao total, o Governo do Estado arrecadou R$ 2.054.699,52, sem descontar as isenções legais.