Em sessão vazia, projetos ficam para depois e Copa gera discussão entre vereadores

A ressaca do futebol respingou na política. A sessão desta quarta-feira (9) na Câmara Municipal de Campo Grande sequer teve quórum para votações, enquanto os vereadores presentes gastaram tempo falando de Copa do Mundo, tendo representantes de PT e PMDB, históricos adversários locais, protagonizado acalorados discursos ‘político-esportivos’. Havia três projetos na pauta de votaç…

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A ressaca do futebol respingou na política. A sessão desta quarta-feira (9) na Câmara Municipal de Campo Grande sequer teve quórum para votações, enquanto os vereadores presentes gastaram tempo falando de Copa do Mundo, tendo representantes de PT e PMDB, históricos adversários locais, protagonizado acalorados discursos ‘político-esportivos’.

Havia três projetos na pauta de votação, entre eles um que obriga a instalação de detectores de metais em escolas, enquanto um outro isenta idosos de pagar a taxa de asfalto. Pelo que se viu no Legislativo Municipal, assuntos irrelevantes diante da eliminação do time do Brasil na Copa do Mundo.

No plenário, 11 dos 29 vereadores apareceram. Quantidade insuficiente para encaminhar uma votação.

Foi então que o vereador Paulo Siufi (PMDB) resolveu discursar, reclamando de inércia por parte do governo federal diante de problemas relacionados ao torneio de futebol. “(A reclamação) Não é sobre o esporte, em que pode ganhar, perder ou empatar, mas sobre superfaturamento das obras, o viaduto em Minas Gerais, que era para estar pronto, mas desabou”, enumerou o vereador.

Siufi lembrou até da escolha da vizinha Cuiabá (MT) como sede da Copa em detrimento de Campo Grande. Na época, continuou, “tivemos que ouvir ‘chupa Campo Grande’ e, hoje, ouvimos ‘chupa Brasil’”, disse em seu “desabafo em nome do povo campo-grandense, que perdeu e perdeu feio”.

Em seguida quem falou foi Zeca (PT), concluindo ter sido a “falta de democracia na CBF (Confederação Brasileira de Futebol)” a culpa pela tragédia na Copa: o Brasil foi eliminado, na semifinal, após perder de 7 a 1 para a Alemanha.

O petista reclamou que Felipão, o treinador, manteve o atacante Fred no time mesmo diante da reclamação de todos os brasileiros. “A CBF está nas mãos de uma família há muito tempo e agora está sob o comando de um ex-ditador”, disse Zeca sobre José Maria Marin, atual presidente da entidade e governador de São Paulo durante o regime militar.

Terminado o tempo concedido para discurso, Siufi e Zeca começaram a bater boca nos bastidores, ainda sobre política e futebol. “Perdeu e perdeu feio”, repetia o vereador do PMDB. E o petista reafirmava o que havia dito antes, recebendo a repetida provocação do colega, em voz alta, enquanto uma esvaziada sessão prosseguia.

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