Dona do prédio da Câmara diz ser vítima de calote e avisa que vai despejar vereadores

Por meio do advogado André Borges, a Haddad Engenheiros Ltda., dona do prédio onde funciona a Câmara Municipal de Campo Grande, na Avenida Ricardo Brandão, avisou que vai expedir a ordem de despejo dos vereadores na próxima quinta-feira (24). A Câmara Municipal não paga aluguel desde 2005, segundo ele, e a dívida acumulada é de […]

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Por meio do advogado André Borges, a Haddad Engenheiros Ltda., dona do prédio onde funciona a Câmara Municipal de Campo Grande, na Avenida Ricardo Brandão, avisou que vai expedir a ordem de despejo dos vereadores na próxima quinta-feira (24). A Câmara Municipal não paga aluguel desde 2005, segundo ele, e a dívida acumulada é de R$ 18 milhões.

A Haddad diz acreditar que a desapropriação do prédio é uma manobra da Prefeitura e da Câmara Municipal para dar o calote nos proprietários do imóvel. “Não concordamos que usem da desapropriação para dar um drible na Haddad e deixar de pagar o que devem”, disse o advogado. André Borges lembrou ainda que o decreto de desapropriação é apenas uma etapa e que a efetivação depende de indenização justa e prévia em dinheiro.

Segundo ele, ninguém da prefeitura ou da Câmara procurou os proprietários do imóvel até momento. “O fato é que estando na iminência do prazo ninguém da prefeitura ou da Câmara nos procurou. Queremos despejar a Câmara. Nós somos vítimas de um calote horrível”, disse. “Eles não pagaram e nem depositaram em juízo”, acrescentou.

O advogado também respondeu a declaração do presidente da Câmara, Mario Cesar (PMDB), de que o prefeito Gilmar Olarte não deveria negociar o valor da desapropriação com os donos do imóvel. “Nós lamentamos a posição do presidente da Câmara que em nada contribui para a solução da dívida milionária”, afirmou.

Borges disse ainda que a Haddad só vai aceitar discutir o valor da indenização se receber integralmente os aluguéis atrasados. “O imóvel foi construído para alugar, mas a Haddad não confia mais no poder público”, disse. Na avaliação da Haddad, o prédio vale R$ 30 milhões. O imóvel tem 3.097 m² de área construída.

Já o presidente da Câmara argumenta que a avaliação do prédio para pagamento de aluguel seria de apenas R$ 7 milhões e que para a desapropriação não seria necessário acordo com o proprietário ou quitação imediata da dívida em relação aos aluguéis. Segundo Mario Cesar, a desapropriação, na maioria das vezes, é feita sem a concordância do dono do imóvel.

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