Dilma não consegue resolver impasse com PMDB e discussões continuam
Depois de quase seis horas de reunião com a presidente Dilma Rousseff, caciques peemedebistas saíram sem a certeza de qual será a definição da reforma ministerial na parte que cabe ao PMDB, o principal sócio do PT no governo federal. Agora à noite, o vice-presidente Michel Temer, recebe correligionários no Palácio do Jaburu, sua residência […]
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Depois de quase seis horas de reunião com a presidente Dilma Rousseff, caciques peemedebistas saíram sem a certeza de qual será a definição da reforma ministerial na parte que cabe ao PMDB, o principal sócio do PT no governo federal. Agora à noite, o vice-presidente Michel Temer, recebe correligionários no Palácio do Jaburu, sua residência oficial, para discutir a posição do partido diante do posicionamento de Dilma.
Dilma reuniu-se com o vice-presidente, Michel Temer, e com outras lideranças para tratar de palanque eleitoral e expansão do partido no governo. Segundo interlocutores da Presidência, os dois temas andam em conjunto nas negociações. A primeira parte da reunião, da qual apenas Dilma e Temer participaram, tratou de formação de palanques e apoios regionais entre os partidos. As duas legendas tentam evitar rachas regionais que possam prejudicar a projeção da chapa nacional nos estados.
Em seguida, ambos receberam o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o líder do governo no Congresso, senador Eduardo Braga (PMDB-AM). O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e também o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante.
Além da complexidade que é a formação de ministérios e a oferta de espaço para todos os aliados, com os quais Dilma quer concorrer à eleição, a definição de nomes para o comandos das pastas ainda leva em consideração espaços que o PMDB da Câmara e do Senado querem preservar. Os ministérios da Agricultura e do Turismo, por exemplo, são ocupados por deputados do partido, e o PMDB da Câmara não aceitam abrir mão.
Apesar de já ter resolvido parte das mudanças em ministérios comandados pelo PT, Dilma enfrentará agora a parte mais delicada da reforma ministerial. Além de tentar contemplar as aspirações do PMDB em ampliar sua atuação no governo federal, a presidente ainda tem de acomodar PTB, PP e Pros. A reforma de 2014 é considerada decisiva para que Dilma amarre aliados em torno de sua campanha à reeleição.
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