Deputados se dividem sobre decisão de Puccinelli de não disputar o senado

Os deputados estaduais dividem opinião sobre as mudanças no quadro eleitoral com a desistência do governador André Puccinelli (PMDB) da disputa pelo Senado. Na avaliação dos parlamentares, o nome da vice-governadora Simone Tebet (PMDB) tem tanto peso quanto de André. O líder do governo e presidente regional do PMDB, deputado Júnior Mochi, disse que o […]

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Os deputados estaduais dividem opinião sobre as mudanças no quadro eleitoral com a desistência do governador André Puccinelli (PMDB) da disputa pelo Senado. Na avaliação dos parlamentares, o nome da vice-governadora Simone Tebet (PMDB) tem tanto peso quanto de André.

O líder do governo e presidente regional do PMDB, deputado Júnior Mochi, disse que o quadro atual era o que o partido estava trabalhando, mas que começou a analisar outra situação com a demonstração do Puccinelli em disputar o Senado. “Não é questão de mudança. Há seis meses era Nelsinho (Nelson Trad Filho) e Simone. Claro que o governador tinha prioridade”, afirmou.

Mochi disse que três fatores influenciaram para a decisão do governador: renúncia, obras e críticas. “Para ele renunciar é muito difícil já que foi eleito para ser governador. O governo tem um programa de obras grandioso e ele ficaria fora disso. Como ele está no fim do governo, a acidez das críticas na campanha seria muito para a família, para que submeter a isso?”, explicou o dirigente.

Segundo Eduardo Rocha (PMDB), a permanência de Puccinelli no governo fortalece a chapa do PMDB. “Fica mais forte a chapa porque o (André) continua no governo e ajuda na campanha”, considerou.

O petista Pedro Kemp afirmou que a decisão é indiferente para partido. “Para nós do PT é indiferente, não muda em nada. O PT tem que se preocupar em fortalecer o projeto”, pontuou. No entanto, admitiu que a saída do governador da disputa eleitoral poderá ser positiva para eles. “Fragiliza a chapa do PMDB”, completou.

O também petista Cabo Almi diz acreditar que sem Puccinelli no jogo é bom para o pré-candidato ao governo do PT, senador Delcídio do Amaral. “A situação é boa para o Delcídio”, afirmou. Segundo o deputado, isso “facilita o arco de aliança já que boa parte (das lideranças) tinha compromisso com André e que pode migrar para o arco do Delcídio”.

Para o presidente regional do PSDB, deputado Márcio Monteiro, a decisão era previsível e, por isso, não muda o projeto tucano. “O PSDB continua no mesmo projeto. Não vejo que seja mais fácil porque a Simone é bem conceituada”, disse o tucano.

Já para a deputada Dione Hashioka (PSDB), a desistência de Puccinelli é bom para o PSDB. “É melhor para o PSDB mais do que para o PMDB porque era um nome de muito peso”, ressaltou Dione. A tucana avaliou o quadro considerando o deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB) na disputa pelo Senado.

Felipe Orro (PDT) prefere esperar para fazer análise dos reflexos que a decisão do governador pode influenciar na disputa eleitoral. “É difícil analisar isso agora. O nome da Simone é muito forte”, disse o deputado.

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