O governador (PMDB) admitiu que a decisão sobre sua ida ou não à disputa ao cargo de senador recai sobre duas dúvidas: a de “estragar” o sonho de Simone Tebet (PMDB) (vice-governadora), que sonha com o cargo ou se é confiável deixar o presidente da Assembleia, Jerson Domingos (PMDB), assumir o Governo.

A hipótese de Puccinelli candidato e Simone suplente, para que após a vitória o governador deixe o cargo à vice-governadora que sonha em ser senadora como seu pai, Ramez Tebet, foi, ‘emperra' na hierarquia de que os dois abdicando do Governo quem assume é Jerson – que frequentemente declara que Delcídio do Amaral (PT) seria a melhor escolha à disputa de governador nas eleições.

“O Jerson é um grande amigo e leal. Mas como fica o partido? Com ele dentro do PMDB e declarando essas coisas, fica difícil. As relações são muito intrínsecas. E também como vou quebrar o sonho da Simone, como eu tenho o direito de matar o sonho dela?”, questionou o governador emocionado, em agenda pública nesta sexta-feira (21).

Jerson declarou abertamente que não vota no candidato do PMDB ao Governo, Nelsinho Trad (PMDB). “Deixa ele falar, ele ecoa no vazio”, alfinetou o governador. Puccinelli reafirmou que só decide se vai ao Senado no dia 4 de abril, último dia para renunciar se for para a disputa.

“Está todo mundo tirando o corpo fora, inclusive eu”, brincou André que concluiu dizendo que só sai ao Senado se Simone lhe insistir.