Vereadores temem fracasso com CPI comandada por Nelsinho e Puccinelli na Câmara
O jantar de 14 vereadores com Nelsinho Trad (PMDB) e André Puccinelli (PMDB) na casa do presidente da Câmara, vereador Mário César (PMDB), na véspera da indicação de integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) levanta dúvidas no grupo ligado ao prefeito Alcides Bernal (PP). Os vereadores temem que após restringir a atuação da CPI […]
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O jantar de 14 vereadores com Nelsinho Trad (PMDB) e André Puccinelli (PMDB) na casa do presidente da Câmara, vereador Mário César (PMDB), na véspera da indicação de integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) levanta dúvidas no grupo ligado ao prefeito Alcides Bernal (PP).
Os vereadores temem que após restringir a atuação da CPI para o Hospital do Câncer e Hospital Universitário, os aliados ao PMDB façam outro jantar e com pizza no cardápio. “A CPI caminha para um grande fracasso se não tiver uma mobilização social para pressionar. Se não acompanhar, nada acontecerá, já que eles estão com a presidência e relatoria”, avaliou o vereador Zeca do PT.
A desconfiança, que já era grande após a restrição das investigações, aumentou depois que o grupo ligado a Nelsinho elegeu o ex-líder dele, Flávio César (PTdoB), presidente da CPI, e a vereadora Carla Stephanini (PMDB), presidente municipal do PMDB, relatora. Não satisfeito, o grupo que ainda conta com Coringa (PSD) na CPI de apenas cinco integrantes, proibiu a entrada da vereadora que luta desde março para abrir uma CPI, Luiza Ribeiro (MD).
O presidente da Casa, Mário César, que sempre diz priorizar a vontade da maioria, fez valer a prerrogativa de presidente e procurou uma jurisprudência que garantisse a vereadora bem longe da CPI. Luiza enfrentou rejeição ao apresentar a CPI na Casa. Os 20 vereadores que foram contra a CPI foram chamados de “vilões da saúde” e acusaram Luiza de jogá-los contra a população para se promover.
A vereadora Luiza Ribeiro avalia que é evidente que o grupo está utilizando da maioria para blindar o governo anterior. Apesar disso, disse confiar na instituição e no desejo da população. “Não tem jeito. A sociedade quer a apuração profunda. A CPI está montada e vai funcionar. Confio que a força da instituição seja capaz de fazer todo o esclarecimento necessário”, explicou.
A vereadora entende que é impossível fazer uma CPI da saúde sem ouvir o prefeito e ex-secretários. “É impossível não convocar para ouvir o ex-prefeito e ex-secretários de saúde. Também tem que convocar o ex-diretor do Hospital do Câncer, Hospital Universitário, a reitora da Universidade Federal e a participação de representantes do Conselho Municipal da Saúde e representações populares. Acho que não vão conseguir blindar na prática. Não tem como fazer de conta diante de toda esta situação. Temos que saber se a política publica de saúde foi organizada de maneira a privilegiar o investimento público em clínicas particulares e o desvio destes recursos”, concluiu.
O vereador Paulo Pedra (PDT) espera que a CPI tenha uma atuação de isenção e que todos sejam convocados. “Temos que convocar todas as pessoas que qualquer vereador achar que tem que ser chamado. A comissão tem que ouvir todos os vereadores”, opinou o vereador Paulo Pedra, que lutou para emplacar a vereadora Luiza Ribeiro na CPI. “Acho que pelo esforço para emplacar a CPI a Luiza deveria ser a relatora. Mas, fui voto vencido”.
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