Vereadores se envergonham por Bernal ainda não quitar débito com a Solurb

A resolução parcial apenas do débito com a Solurb irritou vários vereadores que não concordaram com a morosidade que Alcides Bernal (PP) trata o problema

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A resolução parcial apenas do débito com a Solurb irritou vários vereadores que não concordaram com a morosidade que Alcides Bernal (PP) trata o problema

A resolução parcial apenas do débito com a Solurb irritou vários vereadores que não concordaram com a morosidade que Alcides Bernal (PP) trata o problema. A prefeitura acumulou  inadimplência com a concessionária por quatro meses, tendo pago apenas a dívida referente a agosto nesta sexta-feira (20). Para evitar  greve o prefeito garantiu que quita o restante das outras três parcelas na segunda-feira (23)

“Lamentável porque o prefeito tem caixa e esse é um serviço essencial. A população precisa agradecer a Solurb por não ter parado. A gente neste momento fala do salário destes funcionários, mas e os outros gastos do empresário. A concessionária bancou um custo que não é dela em quatro meses, o que é grave. Já pensou se parasse o serviço no fim de ano a coleta, em um período de festas e com lixo em casa? Não precisa tirar recurso de outras coisas para efetuar esse pagamento. Caixa tem pra isso pois a arrecadação é grande da prefeitura”, comenta o vereador Airton Saraiva (DEM).

Elizeu Dionizio (SDD) vai além na crítica ao prefeito pela procrastinação em pagar um serviço essencial para a cidade. Segundo o vereador o assunto não fica restrito apenas ao cumprimento ou não de débitos da prefeitura com a concessionária, já que a forma como isso acontece interfere diretamente na vida da população.

“Se o gestor demora a quitar um débito tão básico, com dinheiro destinado pra isso, mesmo tendo caixa é preciso ter atenção. Isso porque com essa enrolação existem juros, e dessa maneira um dinheiro perdido que poderia ser investido em Saúde ou Educação por exemplo. Não existe razão para ele pagar sempre a concessionária dessa forma, de quatro em quatro meses e quero lembrar que o dinheiro não é dele. Está me cheirando uma tentativa de buscar acerto com o empresário, e o prefeito deveria ter vergonha de fazer isso. A Salute e a Mega Serv não passaram por este problema”, ataca o parlamentar do Solidariedade.

Vereador independente na Câmara Municipal Zeca do PT advertiu sobre o impacto na vida das pessoas que a administração pode ter se não tiver dinâmica. Para ele falta responsabilidade a Bernal na forma de governar que não diferencia custos essenciais da cidade, que deveriam ser vistos como prioridade.

“A empresa executa o serviço, tem o respeito da sociedade e demora pra receber. Como assim? Ou existe um motivo consistente para justificar esse absurdo ou estamos lidando com uma gestão descontrolada. O Bernal faz uma administração a conta gotas, o que é desconsiderar a vida do trabalhador, que não pode ser prejudicado nesse capricho. As pessoas têm os compromissos delas, e devem ser respeitadas. Precisa haver planejamento”, reclama Zeca.

Prazo do Prazo

A Solurb, na última quarta-feira (18), informou os seus 840 funcionários que não poderia pagar o 13º salário, em razão de uma inadimplência por quatro meses da prefeitura com a concessionária. O Sindicato a Limpeza, Asseio e Manutenção de Campo Grande (Steac/MS), representado pelos trabalhadores da concessionária, chegou a comunicar no mesmo dia que entraria em greve, o que paralisaria o serviço de coleta de lixo na Capital.

Todavia uma negociação evitou que a atividade fosse suspensa, em que se definiu que a prefeitura quitaria os débitos nesta sexta-feira (20). No entanto, Alcides Bernal (PP) pagou apenas  agosto e prorrogou a quitação da dívida para a próxima segunda-feira (23). Os trabalhadores começaram a receber o 13º salário, porém assumem que se sentem inseguros com a relação entre o Poder Público e a empresa, que a cada quatro meses vivem um impasse.

“A direção nos comunicou que já começaram a depositar na conta dos trabalhadores desde as 16h. Se já houver alguém que já viu e caiu na conta terei a confirmação. É importante que a prefeitura não deixe sempre haver esta situação a cada quatro meses. Esta insegurança que é causada entre os trabalhadores sobre receber não é justa”, afirma a presidente do
(Steac/MS), Wilson Gomes da Costa.

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