Ainda que não queiram falar sobre o assunto, aliados de Mário César (PMDB), podem fazer nova eleição nesta quinta-feira (27) para eleger o novo presidente da Câmara. Isso por que a Casa terá que cumprir o regimento, que determina eleição para presidente na sessão seguinte a do afastamento do titular. Mário teve o mandato cassado pela juíza Elisabeth Rosa Baisch por suposta troca de voto por .

Entre os vereadores o clima ainda é de incerteza, já que todos dizem que foram pegos de surpresa com a situação. Diante das alegações, é raro encontrar alguém que se lance como candidato, mas o assunto já domina as rodinhas de parlamentares. Diferente do Poder Executivo, onde o vice assume, na Câmara, os vereadores devem realizar nova eleição para escolha apenas do presidente.

A base do prefeito Alcides Bernal (PP) ainda está dividida. O líder do prefeito, vereador Alex do PT, diz que ainda não trabalha com a hipótese de nova eleição. Na avaliação de Alex, a escolha do novo presidente será interna e nem o prefeito será consultado. Já vereadora Luiza Ribeiro (PP) entende que seria um bom momento para um consenso na Câmara. Ela acredita que a definição do novo presidente não passará pela disputa entre oposição e base de Bernal.

Questionado se tem interesse em assumir a presidência, Flávio César lembrou que ainda é preciso aguardar o recurso de Mário. Todavia, disse que está à disposição da Casa. “Se a Casa entender que devo continuar, meu nome pode ser discutido. Mas, ainda é pré-maturo. O presidente pode conseguir um efeito suspensivo”, ponderou. Flávio chegou a disputar a preferência do grupo da oposição com Mário, mas acabou ficando com o posto de vice.

Derrotada por Mário na primeira eleição, a candidata da base de Bernal, vereadora Rose Modesto (PSDB), declarou que é preciso discutir a questão com os demais vereadores. Porém, assim como da outra vez, adotou o discurso de que não será “candidata dela mesmo”.

Ex-presidente, o vereador (PMDB) disse que não está disposto a participar da eleição. Ele ressaltou que já fez a parte dele, citando como conquista as do mandato as sessões comunitárias e a economia feita pela presidência. “Não tenho esta intenção. Já dei minha parcela de contribuição”, alegou.

O vereador Paulo Pedra (PDT), que chegou a ser pré-candidato à presidência, não falou sobre candidatura e avaliou que ainda é cedo. “Ainda tem recurso. Acho que a Câmara tem que respeitar o presidente”, opinou.