Secretários de Bernal jogam entre si responsabilidade sobre ofício da merenda

O Secretário Municipal de Administração, Ricardo Ballock, depôs na tarde desta quarta-feira (20) à comissão processante, na Câmara Municipal de Campo Grande sobre os contratos emergenciais entre a prefeitura e as empresas Jagás, Megaserv e Salute. Em um depoimento cheio de termos técnicos, o secretário negou que existiu algum tipo de irregularidade na contratação das […]

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O Secretário Municipal de Administração, Ricardo Ballock, depôs na tarde desta quarta-feira (20) à comissão processante, na Câmara Municipal de Campo Grande sobre os contratos emergenciais entre a prefeitura e as empresas Jagás, Megaserv e Salute. Em um depoimento cheio de termos técnicos, o secretário negou que existiu algum tipo de irregularidade na contratação das três empresas e afirmou que tudo foi feito dentro da lei.

Quanto a Salute, Ballock negou que a empresa fosse uma atravessadora e disse que a prefeitura não procura saber qual é a infraestrutura de uma empresa antes de contratá-la. “Quem diz que a empresa está apta a comercializar é o governo do estado, e é permitido por lei terceirizar serviços. Eu não visitei pra ver se eles tinham depósito. Apesar de ser pequena, o que me espanta é como ela conseguiu derrubar empresas grandes com o preço tão baixo”, revela Ballock.

Sete empresas participaram da concorrência em que a Salute saiu vencedora. O secretário disse que a garantia jurídica da prefeitura é que o valor do contrato só é pago após o recebimento dos produtos.

“A Salute cumpriu todo o contrato, a administração não pode exigir que uma empresa que vá construir algo tenha todo o maquinário por exemplo. Se não isso seria uma restrição a competitividade. Ao final a licitação que estava prevista em 7 milhões foi fechada em 4 milhões, ainda economizamos”, explica Ballock

O secretário não soube esclarecer quando foi questionado pelos vereadores sobre um ofício em que esclarecia que a comida que seria enviada a rede educacional iria acabar no dia 28 de junho, sendo que a entrega da Salute estava prevista para a partir de 31 de julho. Ballock pediu para que isso fosse perguntado a secretaria de Educação.

Dessa maneira, Ballock deu uma resposta diferente da secretária de Assistência Social, Thais Helena em depoimento realizado ontem (19) também na Câmara Municipal. Thais foi questionada sobre as mesmas datas e disse que quem responderia sobre essa questão seria a secretaria de Compras, mas enfatizou que não faltaram alimentos a nenhuma criança da rede educacional.

O secretário de Administração ainda disse que ao contratar a Jagás houve uma economia de R$600 mil já que o Governo do Estado e o Governo Federal compram botijões de gás a R$50 e o município compra a R$32. Com a Salute, houve uma economia de 34% em relação as compras alimentícias e com a Megaserv, houve uma economia de 4 milhões de reais por ano, pois segundo o secretário, se o contrato com a Total continuasse, seria obrigatório um reajuste devido a database que elevaria o contrato a mais de um milhão de reais, sendo que a Megaserv hoje é contratada por R$745 mil, contradizendo assim o dono da Total, Waterloo Façanha.

Ballock contradisse Waterloo ao dizer que a Total, ex-empresa responsável pela limpeza dos postos de saúde de Campo Grande havia desistido do contrato ao alegar que não teria condições de assumir a limpeza com o preço acordado à época, algo em torno de R$600 mil por causa da epidemia da dengue. Já o dono da Total Waterloo Façanha disse na CPI do Calote que a empresa estava desistindo porque ela não tinha dinheiro em caixa devido a prefeitura não ter honrado o contrato.

Ballock também rebateu essa questão dizendo que nunca nenhum tipo de atraso com a Total.

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